Um grupo de 23
governadores e dois vices eleitos apresentaram na tarde desta quarta-feira (12)
uma carta aberta ao futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, na qual
apresentam sugestões para a área de segurança pública. No documento, os futuros
governadores pedem, entre outros pontos, maior rigor no combate à corrupção.
A sugestão de tornar
mais duras as políticas anticorrupção é um dos seis pontos da carta elaborada
nesta quarta, em Brasília, em um fórum de
governadores.
A reunião é o segundo
fórum de governadores promovido em Brasília desde a eleição de outubro. A ideia
é que seja o encontro seja realizado mensalmente a partir do ano que vem para
tratar de temas que envolvem os estados. O primeiro fórum, realizado há cerca
de um mês, teve a presença do presidente eleito Jair Bolsonaro.
No documento, também
foi incluída, a pedido de Moro, uma recomendação para isolar presos
pertencentes a facções criminosas em cadeias federais.
Os governadores e o
ministro da Justiça também se comprometeram no fórum a buscar soluções para a
situação dos presos provisórios do país – aqueles que ainda podem recorrer da
sentença condenatório.
"Só no Rio de
Janeiro, nós temos 19 mil presos provisórios, de um total 51 mil presos",
destacou o governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, ex-juiz federal
que deixou a magistratura neste ano para disputar o governo fluminense.
A carta dos
governadores traz ainda como proposta para o futuro governo o fortalecimento da
inteligência e das ações ostensivas nas fronteiras do país para ajudar a
impedir a entrada de armas e drogas no Brasil.
"Aqui se inclui
também o contrabando. O contrabando também basicamente é incentivado por
organizações criminosas do país", disse o governador eleito de São Paulo,
João Doria.
O documento também
lista o compromisso dos governadores em incentivar a implantação do banco
nacional de impressões digitais, um dos pontos que, segundo Doria, foi dos mais
enfatizados por Moro durante a reunião.
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