O Ministério Público Eleitoral representou contra o prefeito de Patu,
Rivelino Câmara, e ainda contra o candidato a governador do Rio Grande
do Norte Carlos Eduardo Alves (PDT); o candidato a senador Antônio
Jácome (Podemos); os candidatos a deputado federal Walter Alves (MDB) e
José Agripino (DEM); e o candidato a deputado estadual Raimundo
Fernandes (PSDB) por propaganda antecipada e realização de showmício,
modalidade proibida já há 12 anos. O promotores requerem a aplicação de
multa.
Em nota, a assessoria de Carlos Eduardo disse que o candidato respeita
as leis de campanha e não participou de irregularidades. "Não fomos
notificados e não vamos comentar até conhecer o teor dessa
representação. Mas nenhuma irregularidade foi cometida na pré-campanha
ou campanha da candidato Carlos Eduardo que sempre respeitou a lei em
todas as suas disputas eleitorais em 32 anos de vida pública", afirmou a
nota.
Em 22 de julho, segundo o MP Eleitoral, antes do início oficial da
campanha, Rivelino Câmara realizou em Patu, a pretexto de comemorar seu
aniversário de 48 anos, um showmício. No evento, alega o MP, promoveu as
candidaturas dos demais representados, que participaram e se
beneficiaram do evento. Foi montada uma estrutura na praça central da
cidade, contando com palco, bandas musicais, equipamentos de som,
tendas, cadeiras e mesas.
O convite foi dirigido a toda a população patuense, que se deparou não
só com a presença dos então pré-candidatos, como ouviu discursos cujo
teor, de acordo com o MP Eleitoral, escancarou a “natureza
político-eleitoral” da festa. O prefeito chegou a publicar um vídeo nas
redes sociais no qual se percebe “que o evento pouco teve de celebração
do natalício” e que “o microfone foi praticamente monopolizado para
enfatizar a presença, as realizações e as maravilhas para (…) que
estariam por vir quando fossem eleitos os demais representados”.
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