O presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), Dias Toffoli, afirmou nesta segunda-feira (17) que
“dificilmente” a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva será derrubada no
julgamento em plenário de recurso apresentado pela defesa do ex-presidente.
No recurso, a
defesa tenta reverter decisão do próprio plenário que, em abril, por 6 votos a
5, negou um pedido que pretendia evitar a prisão, decretada após a
condenação do petista em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro
no caso do tríplex de Guarujá (SP).
O julgamento do recurso contra essa decisão começou a
ser feito no plenário virtual, no qual os ministros não se reúnem, mas votam de
forma remota, pelo computador. Na última
sexta (14) – quando já havia 7 votos contra e 1 voto a favor da liberdade
de Lula – o ministro Ricardo Lewandowski pediu vista, de modo a levar o caso
para decisão no plenário físico.
“O fato é que nesse caso já houve no plenário virtual
seis votos [foram sete]
a favor da situação anterior e um divergente. Na minha opinião, eu penso, que
como se trata de um recurso limitado, que são os embargos de declaração, e o
tema foi extremamente debatido, muito dificilmente vai haver qualquer mudança”,
afirmou o ministro, durante entrevista à imprensa.
Toffoli disse que o caso não será pautado em setembro.
Lembrou que Lewandowski ainda não devolveu a vista – ou seja, ainda não liberou
seu voto de modo a possibilitar marcar data para julgamento no plenário físico.
Só depois disso, disse o presidente do STF, ele conversará com o colega para
pautar o caso.
“A pauta até setembro já está liberada. Essa pauta não
entraria nesse período. Se eventualmente o ministro Ricardo Lewandowski liberar
para o plenário físico essa pauta, eu vou conversar com ele a respeito de
quando ele gostaria de ver isso pautado. Mas ainda agora em setembro não será”,
disse o ministro.
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