Um dos tiros que atingiu o estudante
Benes Leocádio Júnior, de 16 anos – que foi feito refém em meio a um assalto e
acabou morto após
ser baleado durante o confronto entre policiais militares e os criminosos,
fato ocorrido em agosto na Zona Norte de Natal – não partiu das armas apreendidas
com os bandidos. A afirmação é da delegada Taís Aires, da Divisão de Homicídios
e Proteção à Pessoa (DHPP).
Além de Benes, um dos assaltantes também morreu na
troca de tiros. Ele foi identificado
como Mateus da Silva Régis, de 17 anos. O outro suspeito, que também
é menor de idade, encontra-se internado em uma unidade para adolescentes
infratores. Ele foi
apreendido na última sexta (14), apos passar dois dias em liberdade
assistida em razão de não haver vagas no sistema socioeducativo.
Segunda a delegada que preside o inquérito, Benes
Júnior foi baleado duas vezes. Um dos tiros atingiu o dorso e o outro a virilha
dele. “Um dos projéteis ficou no corpo do estudante. E esse projétil é de
fuzil. O que ainda precisamos descobrir é de qual arma, ou seja, qual foi o
policial que fez esse disparo”, pontuou. “Já o outro tiro, transfixou e o
projétil não foi encontrado”, acrescentou.
O laudo que aponta a causa da morte eu ainda não
recebi, por isso não posso afirmar, categoricamente, que esse tiro de fuzil foi
o tiro fatal. "O que podemos afirmar, até agora, esse disparo de fuzil não foi
feitos pelos bandidos, que estavam com dois revólveres calibre 38, e que um dos
tiros foi de fuzil”, ressaltou a delegada. “Porém, muito provavelmente, foi
esse tiro que causou sua morte”, ponderou.
Ainda de acordo com Taís, a perícia feita pelo
Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) concluiu que o projétil
recolhido é de tamanho e peso compatíveis com o projétil de um fuzil calibre
5,56, que foi uma das armas apreendidas com os PMs. As outras armas apreendidas
com os policiais, segundo a própria PM, foram quatro pistolas, uma espingarda e
uma submetralhadora.
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