O Ministério Público do Rio Grande do Norte deflagrou nesta 
segunda-feira (17) a operação Canastra Real, que investiga um esquema de
 desvio de R$ 2,4 milhões em recursos públicos na Assembleia Legislativa
 do estado envolvendo servidores fantasmas. Segundo o MPRN, o esquema 
começou em 2015. Ao todo, oito pessoas foram presas. 
 A operação cumpriu 6 mandados de prisão e outros 23, de busca e 
apreensão nas cidades de Natal, Espírito Santo, Ipanguaçu e Pedro Velho.
 Outras duas pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de arma 
de fogo. 
 Segundo as investigações, o esquema fraudulento foi iniciado em 2015. 
De acordo com o MP, uma servidora indicava pessoas para ocupar cargos na
 Assembleia Legislativa e dava o próprio endereço residencial para 
constar nos assentos funcionais e nos cadastros bancários dos servidores
 fantasmas por ela indicados. Cinco dos presos nesta operação são 
ex-assessores técnicos da presidência da Assembleia que foram indicados 
por esta servidora e que tinham altos vencimentos na Casa, embora não 
possuíssem nível superior. 
 A investigação verificou que todos os indicados possuem movimentações 
financeiras atípicas, recebendo mensalmente a importância líquida 
aproximada de R$ 13 mil. Logo após o depósito dos valores nas contas 
bancárias, as quantias eram integralmente sacadas. Essa movimentação 
financeira das contas bancárias, todas com saques padronizados, de 
valores idênticos, revela que os titulares não possuíam o controle de 
suas próprias contas. 
  
 Para o MPRN, as contas-correntes desses ex-assessores técnicos foram 
abertas somente para desvio de dinheiro público. Embora fossem 
servidores com alta renda, optaram por não contratar cartões de crédito.
 Mesmo sendo bem remunerados, investigação do Grupo de Atuação Especial 
ao Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do MPRN, mostra a ausência
 de aquisição de patrimônio no período em que estiveram nomeados para o 
cargo na Assembleia. A movimentação financeira deles não espelha a renda
 percebida

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