O candidato à Presidência da República e deputado federal Cabo Daciolo
(Patriota) responde a inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por
suspeita de ter cometido crime de peculato (crime cometido por servidor
público) contra uma empresa de informática que prestou serviços ao
gabinete dele na Câmara.
O inquérito foi aberto a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) e está sob relatoria do ministro Marco Aurélio Mello.
Em junho deste ano, o ministro aceitou pedido da Polícia Federal para
prorrogar as investigações. Até o momento não houve decisão sobre o
caso.
O processo teve início após ação apresentada pela empresa Swell Home
Office Consultoria em Tecnologia da Informação na Justiça do Rio de
Janeiro.
No processo, a empresa cobra de Daciolo R$ 45 mil previstos em contrato que não teriam sido pagos pelo deputado.
Na ação apresentada em março de 2017, o advogado Marcos Novaes, que
representa a Swell Home Office, chama Daciolo de “santificado
parlamentar” e o acusa de não ter honrado o compromisso de pagar os R$
15 mil mensais combinados para a prestação dos serviços de informática
nos meses de abril, maio e junho de 2016.
Conforme revelado pelo site Jota, a empresa é de propriedade de um
membro do Corpo de Bombeiros, ex-amigo de Daciolo, e, além de funcionar
em uma rua residencial, não empregou ninguém no período de 2009 a 2016.
Em sentença de abril deste ano, o juiz Mário Cunha Olinto Filho chamou o caso de “estranhíssimo em todos os aspectos”.
O juiz afirma que o contrato foi assumido por Daciolo e bancado com
verba pública por meio de um contrato informal e critica a completa
desorganização nos pagamentos dos serviços prestados.
“Trata-se de decorrência de mais uma das coisas que estão totalmente
erradas no país e que justificam tudo o que hoje se vê”, declarou o
magistrado na sentença.
Do Blog: Não escapa um!
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