Doze operários da construção civil foram encontrados na noite desta
quarta-feira (11) trabalhando em condições análogas a de escravo em
Fortaleza. Agentes da Polícia Federal e auditores do Ministério Público
do Trabalho (MPT) encontraram o alojamento localizado na Avenida
Rogaciano Leite, no Bairro Patriolino Ribeiro, a poucos metros da Câmara
Municipal de Fortaleza.
Os homens trabalhavam com reformas em apartamentos de luxo. A situação
do local onde moravam, contudo, era outra. Os fiscais do MPT indicaram
que os trabalhadores dormiam em redes e camas improvisadas, com chão
ainda no reboco, cozinha suja e o lixo depositado em uma vala. Havia um
único banheiro para todos eles, apenas com um chuveiro. As necessidades
fisiológicas eram feitas no matagal existente na área exterior do
prédio.
Ainda segundo os fiscais, os operários moravam no local há, pelo menos,
sete anos. Eles são naturais dos municípios de Beberibe e Acopiara, no
interior do Ceará. Durante esse período, eles recebiam menos de um
salário mínimo por mês e não tinham garantidos os direitos trabalhistas,
como férias e 13º salário.
Os agentes vão agora tentar identificar os empregadores, que serão
autuados. O Ministério Público vai rescindir os contratos de trabalho
dos operários e ajuizar para que recebam todos os direitos acumulados
pelo tempo em que prestaram o serviço.
Fonte: G1/CE.
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