O juiz federal Sérgio
Moro condenou, neste domingo, 13, o ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira,
e outras 13 pessoas, incluindo empresários e operadores, no âmbito da
Operação Lava Jato. Ferreira foi sentenciado a nove anos e 10 meses no
regime inicial fechado por lavagem de dinheiro de R$ 2,1 milhões e associação criminosa – a denúncia envolve R$ 20 milhões em propinas no âmbito de contrato da Petrobrás.
Segundo
a denúncia ‘o Consórcio Novo Cenpes, formado pelas empreiteiras OAS,
Carioca Engenharia, Construbase Engenharia, Construcap CCPS Engenharia e
Schahin Engenharia, teria vencido a licitação de obras junto à Petróleo
Brasileiro S/A – Petrobrás de construção predial para ampliação do
CENPES (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de
Mello) – IECP mediante ajuste fraudulento de licitação e, ademais,
teria pago vantagem indevida a executivos Petrobrás e a agentes
políticos’.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato, ‘o montante da
propina foi apontado como sendo de 2% do valor do contrato e dos
aditivos, cerca de R$ 20.658.100,76’.
“Adir Assad, Rodrigo Morales
e Roberto Trombeta seriam, segundo a denúncia, profissionais da
lavagem, e disponibilizavam, mediante expedientes fraudulentos, dinheiro
em espécie às empreiteiras e que o utilizavam para efetuar pagamentos a
agentes públicos ou políticos”, consta nos autos.
A denúncia
também inclui operações de intermediação de propinas e de lavagem de
dinheiro de Alexandre Correa de Oliveira Romano, em benefício de
Ferreira.
Nos esquemas, Ferreira é apontado como beneficiário em nome do PT.
Além
dele, foram condenados também Adir Assad, Alexandre Romano, Roberto
Trombeta, Rodrigo Morales, Agenor Medeiros, Edison Freire Coutinho,
Genésio Schiavinato Júnior, Léo Pinheiro, José Antônio Marsílio
Schwartz, Ricardo Pernambuco, Renato de Souza Duque, e Roberto
Capobianco.
De acordo com a denúncia, ‘foi oferecida vantagem
indevida à empresa WTorre, que havia apresentado a melhor proposta na
licitação, para que se afastasse do certame, o que propiciou a
atribuição do contrato ao Consórcio Novo Cenpes, segunda colocada’. A
empresa nega.
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