Os
R$ 311 milhões garantidos pela União para a construção da Barragem de
Oiticica, na região Seridó potiguar, estão acabando, mas a obra só está
65% concluída. É o que afirma o governo do Rio Grande do Norte, que
busca o acréscimo de mais R$ 239 milhões por meio do Programa de
Aceleração de Crescimento (PAC). Sem isso, a obra só deve se sustentar
por mais três ou quatro meses e parar.
Uma reunião sobre o assunto aconteceu nesta quarta-feira (10), entre o
ministro da Integração, Antônio de Pádua, o secretário de Recursos
Hídricos do RN, Mairton França, e a bancada federal. O acréscimo
solicitado significa um aumento de quase 76,8% no valor final do
projeto, que agora é previsto em R$ 550 milhões. O governo também quer
zerar a contrapartida do Estado que atualmente é de 6,11%.
A barragem idealizada há quase 70 anos começou a ser construída apenas
em 2013 e tinha previsão de conclusão para 2015. Oiticica é anunciada
como garantidora de segurança hídrica para 21 municípios, atendendo
diretamente 330 mil pessoas e, indiretamente, 2 milhões de potiguares.
Quando concluída, será o terceiro maior reservatório do estado, com
capacidade para 570 milhões de metros cúbicos de água.
Oiticica terá uma extensão de 7 quilômetros. O paredão principal, de
concreto compactado a rolo, tem cerca de 4,5 km de extensão. Ainda
existem dois paredões auxiliares, sendo um deles feito com enrocamento e
que ainda está em fase de fundação.
Em junho de 2017, Mairton França já havia
informado que a obra ia precisar de mais recursos e estava em andamento
reduzido. À época, o governo estimava que a obra custaria mais de R$ 415 milhões.
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