16 de março de 2018

FAMÍLIA DE SARGENTO MORTO POR COLEGA EM ALOJAMENTO DA PM NA PB CONTESTA VERSÃO DA POLÍCIA

A família do sargento da Polícia Militar morto na manhã dessa quinta-feira, (15), dentro do Centro de Educação da Polícia Militar, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, por um colega de corporação que estaria embriagado, contestou a versão apresentada pela direção do alojamento, de que os disparos que atingiram o PM tenham sido acidentais. Segundo a mãe e a esposa da vítima, o caso merece ser mais investigado e elas pedem que seja feita justiça.
 
 
 
 
 
Maria da Paz, mãe do sargento José Lúcio Júnior, 32 anos, que foi assassinado, estranhou a forma como foi avisada do crime. “Disse que ele [José Lúcio] estava dormindo quando esse 'caba' chegou de madrugada, foi manusear a arma e esse tiro bateu nele que ele nem viu. Disseram que não precisava a família ir que eles mesmo traziam o corpo. Depois meu menino teve que ir. Quem já viu uma coisa dessas?”, questionou a mãe da vítima.
 
 
 
 
 
Ela também contestou o fato do sargento Lira, suspeito de ter cometido o crime, ter conseguido entrar no alojamento, mesmo apresentando sinais de embriaguez. “Se uma pessoa não tem psicológico de usar uma arma, chegar de madrugada bêbado e manusear a arma, como é que pode? Não acredito nisso! Eu acho que ele matou porque quis, não foi inocente não”, comentou Maria da Paz.
 
 
 
 
 
 
A esposa de José Lúcio, Adna Maria da Silva, casada há cinco anos com a vítima, também não acredita no que contou a polícia. “Pelos relatos que a gente ficou sabendo de pessoas que estavam lá, isso não foi um tiro acidental. Os relatos falam que eles estavam deitados e que chegou esse outro sargento fazendo muito barulho. Inclusive, falaram que ele tinha bebido. Aí Lúcio levantou e pediu para ele fazer silêncio, logo em seguida aconteceu isso”, relatou Adna.
 
 
 
 
 
 
A versão apresentada pelo diretor do Centro de Ensino, o coronel José Ronildo, é de que o suspeito dos disparos estava embriagado e pouco antes estava em um bar próximo ao local do crime. “O sargento Lira saiu para jantar fora do alojamento e voltou embriagado. Possivelmente, em virtude da embriaguez, não teve condições de manusear a arma, uma pistola .40, e acabou disparando os tiros. Só saberemos o que realmente aconteceu após a realização de perícia no local do crime”, afirmou o coronel José Ronildo.
 
 
 
 
 
O sargento da PM José Lucio, natural de Campina grande, foi morto com dois tiros enquanto dormia no interior do alojamento, no bairro de Mangabeira. Os disparos atingiram o tórax e braço do sargento J. Lúcio. A vítima foi socorrida e encaminhada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo pouco depois do atendimento.
 
 
 
 
 
O sargento Lira, também de Campina Grande, foi detido em flagrante e transferido para a carceragem do 1° Batalhão da Polícia Militar. Segundo a PM, de lá ele vai ser encaminhado para o juiz da Vara Militar de João Pessoa, onde será realizada audiência de custódia.
 
 

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