21 de julho de 2016

EM OPERAÇÃO ANTITERROR, PF PRENDE 10 PESSOAS SUSPEITAS DE LIGAÇÃO COM EI

A duas semanas do início da Olimpíada do Rio, a Polícia Federal (PF) realizou na manhã desta quinta-feira (21) uma operação sigilosa de combate ao terrorismo que prendeu 10 pessoas em 10 estados, informou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em entrevista coletiva concedida em Brasília.
 
 
Foram as primeiras prisões no Brasil com base na recente lei antiterrorismo, sancionada em março pela presidente afastada, Dilma Rousseff. Também foram as primeiras detenções por suspeita de ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico, que atua no Oriente Médio, mas tem cometido atentados em várias partes do mundo.
 
  
As prisões, segundo o Ministério da Justiça, ocorreram no Amazonas, no Ceará, na Paraíba, em Goiás, no Mato Grosso, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Paraná e no Rio Grande do Sul, informou a assessoria do Ministério da Justiça. O governo e a PF não divulgaram os nomes dos detidos e nem para onde eles foram levados.
 
 
Por volta das 13h30, havia quatro detidos no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, que embarcariam em um avião da PF. De acordo com a Polícia Federal em São Paulo, os suspeitos foram presos em Amparo, Campinas, Guarulhos e na capital.
 
 
Alexandre de Moraes disse que os investigados na operação não tiveram contato com membros do Estado Islâmico e que se trata de uma "célula absolutamente amadora", porque não tinha "nenhum preparo".
 
 
"Mas obviamente que não podemos, nenhuma força de segurança, ignorar isso. [...] Só o fato de começarem atos preparatórios, não seria de bom senso aguardar para ver, e o melhor era decretar a prisão deles", afirmou o ministro.
 
 
Moraes disse que o grupo mencionavam a intenção de comprar um fuzil AK-47 em uma loja clandestina no Paraguai, mas não deu detalhes sobre os "atos preparatórios" que levaram à prisão dos suspeitos. 
 
 
Segundo o ministro, os investigados na operação, batizada de "Hashtag", nunca haviam se encontrado pessoalmente e eram monitorados há meses pela polícia. Eles costumavam se comunicar pela internet, pelo WhatsApp e pelo Telegram.
 
 
Questionado sobre como foi o monitoramento dos suspeitos, já que o WhatsApp foi bloqueado mais de uma vez pela Justiça brasileira justamente por não fornecer dados para investigações, o ministro inicialmente não quis responder. Depois disse que revelar como foi o monitoramento atrapalharia a investigação.

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