13 de junho de 2016

ALIADO DE CUNHA DIZ QUE DEVE PEDIR A ELE QUE RENUNCIE À PRESIDÊNCIA

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), um dos principais integrantes da chamada “tropa de choque” de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta segunda-feira, (13), que pretende pedir ao presidente afastado da Câmara que renuncie ao posto, caso a maioria do Conselho de Ética rejeite cassar o mandato do peemedebista.
 
Se Cunha renunciar à presidência da Câmara, será necessária uma nova eleição para escolher um sucessor.
 
Cunha é acusado no Conselho de Ética de mentir à CPI da Petrobras quando disse, no ano passado, que não possui contas no exterior. Posteriormente, ele foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal sob a acusação de usar contas mantidas na Suíça para receber dinheiro de propina de contratos da Petrobras.
  
 
O parecer do relator caso, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), recomenda a cassação do mandato de Cunha. Marun tenta evitar a aprovação do texto e defende uma pena mais branda, como suspensão do mandato de Cunha por três meses. A votação está prevista para ocorrer na tarde desta terça-feira,  (14) e a previsão é de placar apertado.
 
Para o peemedebista, caso consiga manter o mandato, Cunha deve pensar no “bem” da Câmara e evitar que a Casa continue sendo presidida interinamente por Waldir Maranhão (PP-MA), que não conta com apoio nem da base nem da oposição.
 
Cunha foi suspenso do mandato e afastado da presidência em 5 de maio por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), por atrapalhar o andamento das investigações da Operação Lava Jato e prejudicar a tramitação do processo de cassação ao qual responde no Conselho de Ética da Câmara. Como primeiro vice-presidente, Maranhão assumiu a presidência interina.
 
Mas o deputado perdeu o apoio de quase a totalidade dos deputados quando tentou anular a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Desde então, sempre que ele tenta comandar as votações, é alvo de protestos em plenário.
 
Para Marun, a decisão do STF de afastar Cunha da presidência é irreversível e a permanência de Maranhão no posto prejudica, na avaliação dele, o governo do presidente da República em exercício, Michel Temer.
 

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