24 de setembro de 2015

TRAGÉDIA! MAIS DE 700 MORREM PISOTEADOS DURANTE PEREGRINAÇÃO A MECA

Centenas de pessoas morreram após uma confusão durante a peregrinação anual a Meca, na Arábia Saudita, nesta quinta-feira (24), informou a Defesa Civil saudita, de acordo com as agências internacionais de notícias.

Centenas de pessoas morreram em confusão durante a peregrinação a Meca nesta quinta-feira (24) (Foto: Reuters)

O balanço mais recente de mortos é de 717 pessoas, segundo o órgão, e ainda deve aumentar.

Pelo menos 805 pessoas ficaram feridas, segundo a Reuters. Não há registro de vítimas brasileiras, afirmou o Itamaraty em nota.

O tumulto ocorreu na Rua 204 da cidade de Mina, localidade onde os peregrinos permanecem hospedados por vários dias durante o clímax do hajj e que está situada a poucos quilômetros de Meca. A tragédia teria sido causada pelo grande número de pessoas aglomeradas no local.

Ambulâncias sauditas chegam com peregrinos feridos a hospital em Mina, perto de Meca, após tumulto que deixou centenas de mortos nesta quinta-feira (24)1 (Foto: Mohammed Al-Shaikh/AFP)


Um ministro saudita disse na TV local que o incidente foi causado pela "falta de disciplina" dos peregrinos, segundo a France Presse.
Horas depois do ocorrido, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed ben Nayef, ordenou uma investigação, afirmou a agência oficial SPA.
A decisão foi tomada durante uma reunião em Mina com os principais responsáveis pelo hajj, presidida pelo príncipe herdeiro.
O rei Salman disse que ordenou uma revisão dos planos da Arábia Saudita para a peregrinação anual
A Rua 204 é uma das duas principais artérias que conduzem do acampamento em Mina para Jamarat, onde os peregrinos realizam o ritual de "apedrejamento do diabo", atirando pedras em três grandes pilares.
A segurança durante o hajj é uma questão politicamente sensível para a dinastia Al Saud, que controla a Arábia Saudita e se apresenta internacionalmente como guardiã do Islã ortodoxo e responsável por seus locais mais sagrados em Meca e Medina.
O governo gastou bilhões de dólares na modernização e expansão da infraestrutura para o hajj e em tecnologia de controle de multidão nos últimos anos. O último grande incidente com mortes havia ocorrido em 2006, quando pelo menos 346 peregrinos morreram em um tumulto.
Milhares de peregrinos seguem durante o último ritual do hajj, em Mina, do lado de fora de Meca, nesta quinta-feira (24), antes de uma confusão que matou centenas de pessoas no local (Foto: Ahmad Masood/Reuters)

A tragédia desta quinta-feira ocorreu perto de uma das pilastras de apedrejamento, quando várias pessoas que deixavam o local se encontraram com um grande número de peregrinos que desejavam ter acesso.
Até o momento, não foram divulgados os motivos que teriam provocado uma correria em Mina, cidade que realizou nos últimos anos obras de infraestruturas para facilitar o deslocamento dos peregrinos.
O aiatolá iraniano Ali Khamenei afirmou que o governo saudita deve aceitar sua "pesada responsabilidade" no acidente e também tomar as medidas necessárias, baseadas na Justiça e no direito.
Milhares de peregrinos seguem para jogar pedras em um pilar que simboliza Satã durante o último ritual do hajj, em Mina, do lado de fora de Meca, nesta quinta-feira (24), antes de uma confusão que matou centenas de pessoas no local (Foto: Mosa'ab Elshamy/AP)
O Irã atribuiu a tragédia a falhas de segurança. "Por motivos desconhecidos fecharam um acesso ao local no qual os fiéis cumprem o ritual de apedrejamento de satã", afirmou o diretor da organização iraniana do hajj, Said Ohadi.
"Foi isto o que provocou este trágico incidente", disse à televisão estatal iraniana. Cerca de 3 milhões de muçulmanos participam da peregrinação a Meca.

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