27 de setembro de 2015

ALTA DE IMPOSTOS NO RN É 'REMÉDIO' PARA CONTER CRISE, DIZ SECRETÁRIO

Sem títuloO secretário estadual de Tributação, André Horta, classificou como 'remédio' as medidas fiscais propostas pelo governo do Rio Grande do Norte para enfrentar a frustração na receita do Estado. As propostas, enviadas em forma de projeto de lei para a Assembleia Legislativa, incluem a alta na alíquota básica do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), além dos índices que incidem sobre o serviço de comunicação e sobre os combustíveis.

"Medicamento nunca é algo divertido. É algo que administramos por momento de necessidade, por momento de crise, por momento de superação. Então a população tem que compreender esse momento de superação", afirmou o secretário. Horta explica que medidas similares vêm sendo adotadas em outros estados brasileiros para amenizar os efeitos da crise econômica.

O secretário detalha que paralelamente à adoção de medidas fiscais, o governo vem cortando da própria carne. Desde janeiro, segundo o titular da Tributação, foram cortados R$ 200 milhões em gastos como telefonia e impostos no âmbito das secretarias.


A recuperação das receitas, a partir das medidas apresentadas na Assembleia Legislativa, deve somar R$ 230 milhões. Os cálculos realizados pela Secretaria Estadual de Tributação (SET) apontam para um déficit na ordem de R$ 487 milhões, o que significa que, mesmo com as medidas, ainda há de se cobrir um déficit projetado de R$ 257 milhões.

Medidas fiscais


O projeto de lei prevê um incremento de recursos na ordem de R$ 230 milhões, a partir da reordenação fiscal, que inclui quatro medidas. “Nosso objetivo é manter a economia do Estado de pé, com salários em dia e fornecedores pagos. Se nada fosse feito agora, o Estado iria simplesmente parar de funcionar”, afirmou o governador Robinson Faria.

O imposto sobre gasolina e álcool combustível passará de 25% para 27%. O combustível é atualmente o principal item de arrecadação no RN, e esse reajuste deverá gerar um incremento anual de receita da ordem de R$ 60 milhões.

O mesmo deve acontecer com o ICMS sobre os serviços de comunicação, que passará de 26% para 28%, com previsão de receita de R$ 28,4 milhões.

Por fim, será realizada alteração da alíquota básica do ICMS no RN de 17% para 18%, se alinhando com estados como São Paulo e Paraná. Essa alteração refletirá em aumento de receita estimado em R$ 129,6 milhões, tornando-se a maior fonte de receitas dessa reordenação.

A outra medida diz respeito à alteração da alíquota do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD), que hoje é de 3% - a menor do país. A proposta é que seja praticado um ITCD progressivo, com alíquota mínima de 4% (para operações de até R$ 1 milhão) e máxima de 8% (para valores acima de R$ 3 milhões), seguindo o padrão que vai ser adotado em quase todo o país.

Para as transações entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões a alíquota praticada deve ser de 6%. Esta mudança deve injetar em um ano R$ 12 milhões nos cofres estaduais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

IBGE DESMENTE LOROTA DE MARINA SOBRE ‘120 MILHÕES PASSANDO FOME’ NO BRASIL

Se fosse ministra de Bolsonaro, Marina Silva não escaparia do inquérito das “fake News”. Bem ao estilo de Lula (PT), que usa números falsos ...