17 de agosto de 2015

JUSTIÇA CONDENA CERVERÓ E BAIANO POR CORRUPÇÃO E LAVAGEM DE DINHEIRO

A Justiça Federal condenou, nesta segunda-feira (17), o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, o lobista Fernando Baiano e Júlio Camargo, ex-consultor da Toyo Setal, por corrupção e lavagem de dinheiro. A ação penal teve origem na 8ª fase da Operação Lava Jato.

Camargo, Cerveró, Youssef e Baiano (Foto: Reprodução, Alaor Filho/Estadão Conteúdo, Félix R./Futura Press/Estadão Conteúdo, Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo)


Os três são acusados de envolvimento no esquema de fraude, corrupção, desvio e lavagem dinheiro descoberto dentro da Petrobras. Cerveró e Baiano foram acusados de receber e intermediar propina em contratos da estatal.


Nestor Cerveró: corrupção passiva e lavagem de dinheiro - 12 anos e 3 meses de prisão
Fernando Baiano: corrupção passiva e lavagem de dinheiro - 16 anos e um mês de prisão
Júlio Camargo: corrupção ativa e lavagem de dinheiro - 14 anos de prisão, porém, devido ao acordo de delação, deverá pegar cinco anos, em regime aberto.


De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), Fernando Baiano e Nestor Cerveró são suspeitos de receber US$ 40 milhões de propina nos anos de 2006 e 2007 para intermediar a contratação de navios-sonda para a perfuração de águas profundas na África e no México.
Fernando Baiano era representante de Nestor Cerveró no esquema, segundo a denúncia,  apresentada em dezembro de 2014.
Na sentença, porém, consta que as vantagens indevidas tenham superado R$ 54,5 milhões. Cerveró e Baiano terão que devolver este montante à Petrobras como forma de indenização pelos danos decorrentes dos crimes.
O advogado de Cerveró Edson Ribeiro disse, em nota, que a "decisão advinda desse juiz já era esperada" e que "não há provas de recebimento de vantagens ou, pelo menos, aceitação de vantagens" por parte do ex-diretor da Petrobras. "Ao revés, a prova testemunhal nos leva a absolvição, já que Júlio Camargo, na condição de delator, informou ao juízo que jamais ofereceu ou deu qualquer vantagem a Cerveró. Iremos, portanto, recorrer", diz o texto.
O advogado de Fernando Baiano, Nélio Machado, disse que ainda não tem conhecimento do teor da condenação e que vai se pronunciar sobre o caso ainda nesta segunda-feira. Já Antônio Figueiredo Basto, que defende Júlio Camargo, não foi localizado pela reportagem.

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