15 de janeiro de 2010

DA PASTORAL DA CRIANÇA QUE MORREU EM TERREMOTO NO HAITI SERÁ SEPULTADA AMANHÃ NO BRASIL MÉDICA E FUNDADORA

O corpo da médica e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, chegou ao Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais (PR), às 10h15 desta sexta-feira (15). Zilda morreu durante o terremoto que atingiu o Haiti, na terça-feira (12). O corpo dela foi transportado em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Quando o caixão estava sendo retirado da aeronave, houve uma salva de palmas.

Do terminal aéreo, ele seguiu em carro do Corpo dos Bombeiros até o Palácio das Araucárias, em Curitiba, onde ocorrer o velório. Durante o trajeto, o caixão deve ser coberto com uma bandeira do Brasil e acompanhado por batedores da Polícia Militar. No velório, o caixão deve permanecer fechado, sem visor.

Estão previstas pelo menos duas missas em homenagem à médica na capital paranaense. Uma deve ser realizada nesta sexta, com a presença apenas de parentes e amigos mais próximos. No sábado (16), dom Geraldo Majella Agnello deve conduzir a cerimônia.

O policiamento nas proximidades do palácio terá reforço. Um espaço está reservado, no estacionamento do Palácio Iguaçu, para receber centenas de ônibus vindos de diversos estados. Eles trarão seguidores, fiéis e colaboradores da Pastoral da Criança pelo país.

O enterro está previsto para as 14h de amanhã, sábado (16), no cemitério da Água Verde.

O senador Flávio José Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda, acompanhou o traslado do corpo. "O Haiti está completamente destruído, por isso o corpo de dona Zilda veio da maneira que veio, mas foi a melhor maneira encontrada diante da situação do país. Não há condições mínimas. É inacreditável. Há mortos espalhados pelas ruas. A destruição foi completa. Falta comida, água, médicos e suprimentos básicos. As crianças choram nas ruas, pedindo ajuda", disse ele ao G1.

A secretária da Pastoral da Criança, irmã Rosangela Altoé, também acompanhou a viagem. Ela estava junto com Zilda Arns, no mesmo salão, quando houve o terremoto que destruiu Porto Príncipe, a capital do Haiti.

Abatida e com um ferimento na mão, ela contou os momentos de pavor, quando desembarcou em Brasília, antes de seguir para Curitiba. “Estávamos na parte de cima de um prédio de três andares. Fui buscar o material que usamos na palestra, a bolsa dela, as anotações que fizemos na viagem. Foi nesse momento que o prédio começou a balançar de um lado para o outro. O chão começou a ruir, perdemos o equilíbrio e não vi mais nada. Do lado desse centro, tinha uma escola. As crianças estavam lá. A escola também ruiu. À medida que saíamos, escutávamos os gritos das crianças. É algo muito forte. Não tem como esquecer”.









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