Foi condenado a 7
anos, três meses e quinze dias de prisão, no regime semiaberto, o ex-servidor
público Guilherme Wanderley Lopes da Silva – que tentou
matar a tiros três promotores de Justiça do Rio Grande do Norte no
dia 24 de março de 2017 dentro da sede do Ministério Público do Estado, em
Natal.
O júri popular que
condenou Guilherme começou na manhã da terça (11) e terminou no início da
madrugada desta quarta-feira (12). O julgamento foi presidido pelo juiz Geomar
Brito Medeiros, e realizado no Tribunal do Júri do Fórum Desembargador Miguel
Seabra Fagundes, no bairro Lagoa Nova, na Zona Sul da capital potiguar.
Guilherme foi
considerado culpado por três crimes de homicídio tentado, com o agravante de
dissimulação. Isso significa que ele ocultou sua verdadeira intenção quando,
portando um envelope, disse às secretárias do procurador-geral que precisava
entrar na sala para entregar alguns documentos encaminhados por um procurador
em caráter de urgência – o que levou as funcionárias a abrirem a porta.
O atentado aconteceu
dentro da sede do próprio MP, na Zona Sul de Natal. Guilherme entrou na sala do
então procurador geral de Justiça, Rinaldo Reis, jogou um envelope na mesa
dele, sacou sua arma de fogo que estava escondida sob a roupa e disparou.
O então procurador
adjunto de Justiça Jovino Pereira Sobrinho e o promotor Wendell Beetoven
Ribeiro Agra foram baleados. Rinaldo também foi alvo de um disparo, mas
Guilherme errou o tiro.
Outras pessoas
também estavam na reunião, mas não foram atingidas. Guilherme fugiu e só se
entregou à polícia na manhã seguinte. Desde então, ele passou a
aguardar o julgamento detido na Unidade Psiquiátrica de Custódia, no Complexo
Penal João Chaves, que fica na Zona Norte.
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