O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 48 horas para o presidente Michel Temer e alguns órgãos do governo federal se manifestarem sobre a medida provisória (MP) que instituiu a tabela com preços mínimos para os fretes.
Fux é o relator de ações apresentadas na semana passada
pela Associação do Transporte Rodoviário de Cargas do Brasil (ATR
Brasil) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA). A ATR, por
exemplo, diz que a medida "fere a economia de mercado".
Editada por Temer em maio, a MP cria a Política de Preços Mínimos do
Transporte Rodoviário de Cargas para "promover condições razoáveis à
contratação por fretes no território nacional".
Segundo o texto, a ANTT publicará duas tabelas por ano (20 de janeiro e
20 de julho) com os preços mínimos dos fretes por quilômetro rodado,
levando em conta o tipo de carga e, prioritariamente, os custos do óleo
diesel e dos pedágios.
Entre 30 de maio e 7 de junho, o governo publicou duas tabelas. A primeira gerou polêmica entre as transportadoras e, diante disso, a ANTT divulgou novos preços. Os valores, contudo, desagradaram aos caminhoneiros e, assim, o governo revogou a nova tabela.
Diante disso, voltou a vigorar a tabela de 30 de maio, publicada juntamente com a MP. Uma terceira tabela está em negociação.
A edição da tabela de fretes fez parte do acordo do governo com os caminhoneiros para por fim à greve da categoria.
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