4 de setembro de 2015

ASSEMBLEIA DISCUTE DIFICULDADES PARA CIRURGIAS CARDÍACAS NO RN

A crise na área saúde voltou a ser tema de discussão na Assembleia Legislativa. Na tarde desta quinta-feira (3), deputados, médicos, representantes dos profissionais da saúde, Governo do Estado e Ministério Público discutiram a situação dos atendimentos de alta complexidade na cardiologia, no Rio Grande do Norte. A proposição foi deputado Hermano Morais (PMDB).


Relatando o momento da cardiologia no mundo, onde o aumento na expectativa de vida da população tem demandado mais serviços na área, os médicos lamentaram a falta de alternativas para os atendimentos das pessoas do Rio Grande do Norte que precisam de cirurgias. A falta de meios para viabilizar um número suficiente de cirurgias cardíacas é motivo de preocupação para os profissionais da área. 

"Infelizmente, hoje temos mais de 140 pessoas na fila para a realização de cirurgia cardíaca e, na atual situação, a média é de 16 procedimentospor mês. Com isso, infelizmente, muitas pessoas estão morrendo enquanto aguardam pelo procedimento", explicou o médico Ernani Gadelha Júnior.


Entre um dos pontos principais da discussão está a utilização do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) para os procedimentos cardíacos via SUS. No entanto, apesar da excelente estrutura da unidade, a falta de profissionais vem fazendo com que a demanda não seja atendida no ritmo ideal. A falta de atratividade para atuação através de vínculo efetivo no hospital foi um dos pontos destacados.


"A remuneração oferecida aos profissionais concursados não condiz com o que recebe um profissional na iniciativa privada. Há casos em que o profissional, realizando dois procedimentos em um dia, ganha o que receberia em um mês de serviço público, no referente ao seu salário", disse o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Marcelo Cascudo, citando o fato que o concurso realizado para vagas de cirurgiões cardíacos no HUOL não preencheu todos os postos de trabalho, deixando duas vagas abertas.


Uma solução discutida durante a audiência pública foi a discussão sobre ampliação de contratos com cooperativas médicas para o atendimento na unidade hospitalar. Os médicos informaram que estão abertos a negociar e o Ministério Público, através do promotor Carlos Henrique, disse que vai buscar a mediação de uma reunião com Prefeitura do Natal e Governo do Estado para discutir a possibilidade de que uma solução seja encontrada.

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