O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a criticar nesta
sexta-feira (15) a permissão para reajuste de servidores até dezembro de 2021,
incluída pelo Congresso
Nacional no pacote de ajuda
financeira a estados e municípios.
Em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto,
Guedes afirmou que “nossos heróis não são mercenários” e que
"medalhas", numa analogia aos reajustes salariais, só são dadas após
a guerra. O texto está na mesa do presidente Jair Bolsonaro, que tem até a
próxima semana para sancionar ou vetar as medidas.
“Nós
queremos saber o que podemos fazer de sacrifício pelo Brasil nessa hora. E não
o que o Brasil pode fazer por nós. E as medalhas são dadas após a guerra, não
antes da guerra. Nossos heróis não são mercenários. Que história é essa de
pedir aumento de salário porque um policial vai à rua exercer a sua função, ou
porque um médico vai à rua exercer a sua função?”, disse Guedes.
Segundo
ele, quem trabalhar a mais no combate ao coronavírus já vai receber pagamento
adicional, na forma de hora extra. Guedes afirmou que as recompensas devem ser
dadas após o fim da pandemia, quando o Brasil tiver se reerguido da crise.
“Nós
vamos nos lembrar disso, vamos botar o quinquênio, o anuênio, o milênio, o
'eugênio'. Tudo que for preciso. Mas não antes da batalha. Não podemos
aproveitar um momento de fragilidade, em que o Brasil cai na crise
financeiramente”, disse.
O
ministro afirmou ainda que tem gente que está usando “cadáveres para fazer
palanque”, que isso é inaceitável e que será punido pela população. E voltou a
defender o veto, que vem sendo recomendado pela área econômica ao Palácio do
Planalto há mais de uma semana.
"Se
ele [Bolsonaro] tiver que vetar, ele veta, não transformem isso em ato
político. Esse é um pedido que eu faço de colaboração, que sejamos bem
interpretado."
"Só
vamos pedir uma contribuição, por favor, enquanto o Brasil está de joelhos,
nocauteado, tentando se reerguer, por favor, não assaltem o Brasil. Não
transformem um ano eleitoral, onde é importante tirar o máximo possível do
gigante que foi abatido, deixa ele levantar", declarou Guedes.
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