De acordo com dados recentes do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, nos últimos cinco anos foram diagnosticados aproximadamente 230 mil novos casos de sífilis no país. O boletim epidemiológico revela ainda que os casos de sífilis adquirida (em adultos) aumentaram 32,7% no Brasil no período de 2014 a 2015. De acordo com Fernando Romero, infectologista do Hapvida, o aumento dos casos da doença está relacionado com a diminuição do uso do preservativo nas relações sexuais.
Segundo o especialista, no início a sífilis pode se manifestar com lesões ulceradas na região genital e na boca. Na segunda fase da doença, ela se apresenta com manchas avermelhadas pelo corpo. Já na terceira fase, a mais grave, a bactéria permanece dentro do organismo sem manifestar sintomas, entretanto, pode causar meningite ou problemas na artéria aorta, levando a graves problemas cardiovasculares. “Por isso a prevenção é o melhor mecanismo que a população deve tomar para evitar contaminar-se. Todos devem fazer triagem sorológica anual para cuidar da saúde e iniciar o tratamento adequado, caso necessário”, explica.
Logo que diagnosticada, a sífilis tem cura. A forma mais eficaz para o tratamento da sífilis é feito com uso de penicilina na em sua forma cristalina, procaína ou benzatina, já os outros tipos de tratamento não apresentam eficácia comprovada. A sífilis é uma doença silenciosa que depois de 10 a 15 anos pode levar à morte por comprometimento grave de órgãos, meningite, aortite, dentre outros.
Sífilis congênita
A sífilis congênita ocorre quando a doença é transmitida da mãe para o bebê durante a gestação, outro ponto importante de cuidados. “As grávidas têm que realizar o teste para sífilis durante o planejamento da gestação, assim como durante o pré-natal. Se apresentarem um resultado positivo, é preciso iniciar o tratamento imediatamente e convocar os parceiros sexuais para se tratar de forma concomitante. Dessa forma se evita novas infecções".
Quando o bebê é infectado o tratamento ideal é o uso de penicilina cristalina. Se eles não forem tratados de forma adequada podem ter sequelas tais como retardo de crescimento, microcefalia, calcificações cerebrais, alterações ósseas e auditivas. Casos mais graves podem levar à morte.
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