14 de setembro de 2016

GOVERNO NÃO É 'IDIOTA' DE RESTRINGIR DIREITOS TRABALHISTAS, DIZ MICHEL TEMER

O presidente Michel Temer negou nesta quarta-feira (14) que seu governo tenha como “objetivo central destruir a saúde, a educação e o direito dos trabalhadores”. Ele afirmou que mudanças na jornada de trabalho ainda estão em discussão e falou em combater versões divulgadas em redes sociais.
  
 
 
"Não é o que se alardeia, não é o que se divulga. Então se deixa de reproduzir a verdade dos fatos, e isso cria problemas para nós. Porque, convenhamos, é muito desagradável imaginar que um governo seja tão estupidificado, tão idiota, que chega ao poder para restringir o direito de trabalhadores, acabar com saúde e acabar com a educação", afirmou o presidente.
 
 
 
"As redes sociais têm um poder extraordinário. É preciso combatê-los [os boatos], e eu vou combatê-los", disse. Ele "convocou" deputados e senadores da base do governo para que "contestem aqueles que queiram vilipendiar os fatos".
 


Temer citou a polêmica envolvendo as declarações do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que falou em oficializar uma carga horária diária de até 12 horas de trabalho, limitada a 48 horas semanais. Atualmente, a jornada é de oito horas por dia, na maioria dos casos. Para Temer, a proposta “bombou” nas redes sociais de forma equivocada.
 
 
 
Segundo o presidente, a ampliação da carga horária de trabalho deve passar pela aprovação de uma convenção coletiva, com representantes do governo, patrões e trabalhadores. Sem dar detalhes, ele citou a possibilidade de redução do número de dias trabalhados.
 
 
 
Quem sabe o trabalhador passe a trabalhar apenas quatro dias por semana e folgar três dias. Ou se quiser, pode trabalhar esses outros dias da maneira como bem entenda”, disse Temer no Palácio do Planalto, logo após cerimônia ao lado do ministro da Saúde, Ricardo Barros, sobre liberação de R$ 1 bilhão para a saúde. Pouco depois, ele participou da posse da nova advogada-geral da União, Grace Mendonça.

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