2 de junho de 2016

DILMA PEDE INCLUSÃO NO PROCESSO DE IMPEACHMENT DOS ÁUDIOS DE MACHADO

O advogado da presidente afastada Dilma Rousseff, o ex-ministro da Advocacia-Geral da União (AGU) José Eduardo Cardozo, pede na defesa entregue ao Senado nesta quarta-feira (1º) a inclusão, no processo do impeachment, de gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Leia a íntegra do documento.

Machado, que assinou acordo de delação premiada, gravou o senador Romero
Jucá (PMDB-RR) dizendo que é preciso um "pacto" para "estancar a sangria" causada pela Operação Lava Jato, que investiga desvios de dinheiro em contratos da Petrobras e envolve vários políticos. Em outra gravação, o ex-presidente da República e ex-senador José Sarney (PMDB-AP), diz haver uma "ditadura da Justiça" no país.

Estamos pedindo oficialmente que a comissão peça cópias da delação premiada e dessas gravações para que passem a ser anexadas aos autos, justamente, para que possamos ter essa produção de prova oficialmente na comissão. Porque é a demonstração cabal de que o processo de impeachment não tem base, não tem fundamento”, disse Cardozo.
 
A delação premiada de Sérgio Machado corre em segredo de Justiça, mas Cardozo disse que a defesa pede a quebra do sigilo para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) envie os documentos à comissão.
 
Segundo Cardozo, os áudios nos quais aparecem Jucá e Sarney dão corpo à ideia de que o processo de impeachment foi motivado por políticos que queriam interferir no andamento da operação Lava Jato.
 
"Todos vocês acompanharam a divulgação de gravações que dizem respeito à delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Várias dessas falas mostram claramente a intenção de que efetivamente o impeachment ocorresse não porque há crime, mas porque efetivamente havia uma preocupação de vários segmentos da classe política em relação às investigações da Lava Jato”, contou Cardozo.

O ex-ministro da AGU disse que as gravações “reforçam a tese de desvio de poder” na abertura do processo de impeachment.
 
Duas dessas gravações mostram nitidamente a intenção de que o impeachment viesse a ocorrer porque o governo não obstaculizou em nada as investigações [da Lava Jato]. Uma das expressões utilizadas é a expressão ‘temos que parar com essa sangria’”, disse, referindo-se à gravação de Jucá.

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