16 de novembro de 2015

BIOGRAFIA DO ÍDOLO ROMÂNTICO CARLOS ALEXANDRE SERÁ LANÇADA EM NATAL

Capa Carlos (1)Uma das principais referências da música romântica no país a partir do final da década 1970, Carlos Alexandre ganha sua primeira biografia. O lançamento do livro “O homem da Feiticeira – a história de Carlos Alexandre”, assinado pelo jornalista Rafael Duarte, acontece dia 21 de novembro (sábado), a partir das 15h, no pátio da feira da Cidade da Esperança, bairro símbolo na trajetória artística do cantor. O grupo vocal Acorde e o cantor Carlos Alexandre Jr. farão shows em homenagem ao homem da Feiticeira. Na semana seguinte, dia 26, o jornalista autografa o livro, a partir das 18h, no bar do Zé Reeira, na Cidade Alta.

A biografia é fruto de três anos de pesquisa. Em 378 páginas, o autor narra a trajetória de Pedro Soares Bezerra, menino pobre de Santa Fé, no agreste do Rio Grande do Norte, que transformou o sonho de ser cantor popular no principal objetivo da vida. O livro sai pelo selo Caravela Cultural.

Em 11 anos de uma carreira meteórica, Carlos Alexandre conquistou 15 discos de ouro e um de platina. Foram mais de 2 milhões de discos vendidos em todo o país ancorados em sucessos como Feiticeira, Ciganinha, Arma de Vingança, Vá pra cadeia, Final de Semana, entre outras canções que ainda povoam o imaginário popular de fãs espalhados Brasil afora. 

O livro traz depoimentos essenciais que ajudam o leitor a entender a importância do cantor potiguar para a música popular brasileira. Artistas como Agnaldo Timóteo, Bartô Galeno, Carlos André, Gilliard, Fernando Luís, Fernando Mendes, Lindomar Castilho, Paulo Márcio, Messias Paraguai, Nando Cordel, além do jornalista e historiador Paulo César de Araújo, falam do contato com a música de Carlos Alexandre e o que ela representou para a época.

O livro será vendido pela internet, através do site www.ohomemdafeiticeira.com.br, pela fanpage do livro no facebook (O Homem da Feiticeira) ou nos seguintes pontos de venda em Natal: Livraria Nobel (Av. Hermes da Fonseca, Lagoa Seca), Sebo Vermelho (Avenida Rio Branco, Cidade Alta), Bardallos Comida e Arte (Rua Gonçalves Ledo s/n, Cidade Alta) e Bar da Sol (Cidade Nova). 

Na visão do jornalista Rafael Duarte, o homem da Feiticeira foi um ídolo popular que conviveu com o preconceito das elites, fez sucesso num país extremamente desigual e acabou reconhecido num mundo particular do qual ele nunca quis se distanciar. “Mas Carlos Alexandre também foi vítima. Uma vítima do sucesso que o fez acreditar que poderia romper qualquer limite”, explica.

Depois de várias tentativas para entrar na equipe que o radialista Carlos Alberto de Sousa levava em caravana para tocar em circos e casas de shows pelo interior do Rio Grande do Norte, o mundo se abriu para o jovem Pedro Soares Bezerra. Ganhou o nome artístico de Carlos Alexandre na tentativa de dar força ao personagem que até ali se apresentava como Pedrinho da Padaria. De escrita rude e fácil, tocou o coração de uma gente tão simples como ele. A canção do Paralítico, por exemplo, o aproximou das pessoas com deficiência física.  “Carlos Alexandre fez da música ‘Canção do Paralítico’ uma das mais incríveis ações de marketing da música brasileira ao oferecê-la ao então candidato a deputado federal Carlos Alberto, que tinha como marca assistencialista distribuir cadeiras de rodas à população carente. Essa música é um divisor de águas na carreira dele”, diz o biógrafo.

Certa noite, Carlos Alexandre acordou de um sono profundo ao ouvir a própria voz pela primeira vez na rádio quando Arma de Vingança começou a tocar. Com Feiticeira, seu maior sucesso, ele ganhou as paradas e por lá permaneceu até quando quis o destino. “O homem da Feiticeira é um pedaço escondido da Música Popular que ainda embala o país. A história de Carlos Alexandre é, antes de qualquer coisa, a história de um Brasil que vive à margem, mas que também sofre e ama como todo mundo”, diz.

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