A saída de Cuba do programa Mais Médicos do Brasil, anunciada nesta
quarta-feira pelo governo do país caribenho, deixará 67 municípios do
Rio Grande do Norte desassistidos, de acordo com a Secretaria Estadual
de Saúde Pública (Sesap).
O Rio Grande do Norte tem, atualmente, 142 médicos cubanos
distribuídos em 101 dos 167 municípios. Segundo a coordenadora da
Comissão do Mais Médicos no Estado, Ivana Maria Queiroz, a saída dos
profissionais caribenhos elevará de forma significativa o déficit de
médicos existente.
As cidades mais afastadas da capital, Natal, devem sofrer as maiores
consequências. O Estado tem dificuldade de
contratar médicos, sobretudo para atuar em localidades distantes.
Os municípios de maior porte também enfrentam problemas para fixar
esses profissionais da saúde, já que a maioria opta em diluir a carga
horária em regime de plantões nos serviços de urgência e emergência ou
que não exijam o cumprimento de 40 horas semanais.
O governo de Cuba anunciou, na manhã desta quarta-feira, que deixará de
participar do programa Mais Médicos. A decisão vem após o presidente
eleito, Jair Bolsonaro, afirmar que pretende modificar os termos de
colaboração com o país caribenho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário