A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (1º) a Operação Sépsis, uma nova etapa da Operação Lava Jato. Um dos alvos foi o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, preso em São Paulo.
Segundo delatores da Lava Jato e a Procuradoria-Geral da República (PGR), Funaro é ligado ao presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele deverá ser transferido para na segunda-feira (4) para Brasília, onde ficará detido na Superintendência da PF, à disposição dos investigadores.
Ao todo foram cumpridos na operação 19 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Distrito Federal.
Os mandados foram autorizados pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da PGR.
O objetivo da operação é investigar um suposto esquema de pagamento de propina para liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal.
A operação teve como base delações do ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto e de Nelson Mello, ex-diretor da empresa Hypermarcas.
De acordo com investigadores, Fabio Cleto informava os nomes das empresas que pediam financiamento com recursos do FGTS a Lúcio Funaro, que procurava as empresas e pedia propina para agilizar a liberação do dinheiro. Segundo os investigadores, a propina era dividida entre Funaro, Cleto e Cunha.
O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, afirmou que o banco revisará todas as operações de empresas apontadas por Cleto na delação. Por meio de nota oficial, a Caixa informou que não houve prejuízo ao FI-FGTS.
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