O presidente Jair
Bolsonaro deve embarcar às 13h deste sábado (30) para Israel, onde irá se
reunir com o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu. Será a terceira
viagem oficial de Bolsonaro ao exterior desde que assumiu a Presidência.
Em Israel, dentre
outros compromissos, o presidente retribuirá a visita que Netanyahu fez ao
Brasil para participar da posse, em 1º de janeiro. Foi a primeira visita
oficial de um premiê de Israel ao Brasil.
Na ocasião, Bolsonaro e
Netanyahu tiveram um encontro no qual reafirmaram a intenção de estreitar os
laços entre os dois países e fazer parcerias em diversos setores. O
israelense chamou o brasileiro de "grande amigo", "grande
aliado" e "grande irmão".
A agenda de Bolsonaro
em Israel prevê compromissos em Tel Aviv e em Jerusalém. As duas cidades estão
no centro de uma polêmica
envolvendo a embaixada brasileira no país.
Bolsonaro declarou, em
novembro do ano passado, após vencer a eleição presidencial, que iria
transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, a
exemplo do que foi feito pelos
Estados Unidos. Após três meses de governo, a mudança não foi oficializada.
Com a medida, o Brasil
reconheceria Jerusalém como capital de Israel, o que suscitou o receio de
retaliações comerciais de países árabes, grandes compradores de carne bovina e
de frango do Brasil.
Israel considera
Jerusalém a "capital eterna e indivisível" do país. Mas os palestinos
não aceitam e reivindicam Jerusalém Oriental como capital de um futuro Estado
palestino. A comunidade internacional não reconhece
a reivindicação israelense de Jerusalém como sua capital
indivisível.
Após a polêmica
declaração, o governo brasileiro tem adotado um tom de cautela ao falar sobre o
assunto. Em diversas ocasiões, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros,
disse que o governo estuda o assunto, e não deve anunciar nenhuma medida nesse
sentido na visita oficial a Israel.
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