O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva foi ouvido nesta quarta-feira (6), na Superintendência da
Polícia Federal, em Brasília, pela força-tarefa da Operação Zelotes, que
investiga a suposta venda de duas medidas provisórias na época em que ele
comandou o Palácio do Planalto e uma no governo Dilma Rousseff.
Mais cedo,
investigadores do caso informaram que o depoimento do ex-presidente estava
previsto para esta quarta (6) e que Lula responderia a questionamentos que
tentam esclarecer a suspeita de negociação da MP 471, de 2009, e da MP 512, de
2010. A outra MP investigada é do governo Dilma (MP 627, de 2013).
O depoimento havia sido
marcado para o final do mês passado, mas foi adiado.
O empresário Luís
Cláudio Lula da Silva, filho caçula do ex-presidente, é investigado pela Zelotes
em razão de uma de suas empresas ter sido contratada por aproximadamente R$ 2
milhões pela Marcondes & Mautoni, acusada de fazer lobby para a aprovação
dessas medidas provisórias.
Os investigadores
levantaram suspeitas sobre a consultoria prestada por Luís
Cláudio, que, segundo perícia
da PF, teria se baseado em informações disponíveis na internet e pelo fato de a
empresa não ter funcionários. Os donos do escritório estão presos e, um deles,
já iniciou negociação para fazer delação premiada, como
adiantado.
Após pedido da defesa
de Luis Cláudio, o Tribunal Regional da 1ª Região determinou
sigilo dos documentos
apreendidos nesta empresa do filho do ex-presidente. Responsável pela decisão, a
desembargadora Neuza Maria Alves da Silva definiu a operação de busca e
apreensão como "flagrante
desproporcionalidade".
A nota divulgada pelo
Instituto Lula afirma que, no depoimento, Lula negou que a edição das MPs
tivesse relação com o contrato entre as empresas Mautoni e LFT.
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