O presidente eleito Jair
Bolsonaro evitou nesta terça-feira (27) comentar a decisão do
presidente Michel Temer de sancionar o reajuste nos salários dos ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF). Ao ser questionado por repórteres sobre o
aumento salarial, Bolsonaro jogou a responsabilidade para o atual presidente da
República.
"Pergunta para o
Temer, pergunta para o Temer. O Temer que decidiu sancionar, tá ok? Quem vai
pagar é toda a população brasileira é quem vai pagar. É todo mundo! A minha
responsabilidade nessa área começa a partir de 1º de janeiro do ano que
vem", respondeu o presidente eleito aos jornalistas em entrevista coletiva
concedida na tarde desta terça no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede
do governo provisório.
Michel Temer sancionou
nesta segunda (26) o reajuste para ministros do STF, que serve de
teto para o funcionalismo. No mesmo dia, o ministro da Suprema Corte Luiz Fux
revogou o auxílio-moradia para juízes, integrantes do Ministério Público,
Defensorias Públicas e tribunais de contas. Uma contrapartida negociada pelos
magistrados do Supremo para assegurar o aumento salarial.
O reajuste para
ministros do STF, de R$ 33 mil para R$ 39 mil, foi aprovado no Senado no dia 7
de novembro. Temer tinha até esta semana para sancionar ou vetar.
O aumento dos
vencimentos dos magistrados do Supremo gera um "efeito cascata" nas
carreiras do funcionalismo, já que dispara um aumento automático para a
magistratura e para integrantes do Ministério Público.
O fim do auxílio-moradia
foi uma alternativa negociada entre o Palácio do Planalto e o STF para reduzir
o impacto do reajuste nos cofres da União.
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