O presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro , voltou a fazer um discurso
forte voltado à segurança pública. Em evento na Associação Comercial do
Rio de Janeiro, aproveitou perguntas da plateia para voltar as críticas a
grupos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Segundo ele, se esses
movimentos são compostos por “marginais que devem ser tratados como
terroristas”. “A propriedade privada é sagrada. Temos que tipificar como
terroristas as ações desses marginais. Invadiu? É chumbo!” Ele defendeu
ainda o uso de “lança-chamas” em ações contra esses grupos. A plateia
deu risada.
Bolsonaro também voltou a defender o armamento da
população. E engatou: “A questão da violência se combate em alguns casos
com mais violência ainda. Quem achar que eu estou errado, tem muito
candidato politicamente correto, que está aí defendendo direitos humanos
para essa gente, defendendo audiência de custódia. Eu não quero que
ninguém sofra, mas cadeia existe para tirar essa gente da rua. Temos que
acabar com a figura do ‘excesso’ (policial)”, declarou, ao discorrer
sobre a violência urbana e as ações policiais.
No evento,
Bolsonaro também defendeu flexibilização das leis trabalhistas como
forma de reduzir o desemprego. “Aos poucos a população vai entendendo
que é melhor menos direitos e emprego do que todos os direitos e
desemprego”, disse. Ele fez uma palestra sobre a conjuntura política e
econômica brasileira na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e
foi aplaudido ao falar da reforma trabalhista.
Diante de uma
plateia de cerca de 300 empresários – que pagaram R$ 180 (associados) e
R$ 220 (não associados) para ouvi-lo –, afirmou que pretende, se eleito,
estimular o crescimento da economia por meio de privatizações “com
critério” e de um processo de desburocratização que estimule
investimentos. “Quando eu disse que não entendia de economia, foi por
humildade. Quem entende de economia é Dilma Rousseff, formada em
economia, olha a desgraça que deixou o País”, ironizou.
“Os
ministros da Fazenda e da Economia precisam ser um só, e ter porteira
fechada. Tem que desburocratizar, facilitar a vida de quem quer
investir. Tem que partir para privatização com critério, não botar tudo
para o mercado. Temos que acreditar nesse homem ou nessa mulher que por
ventura irá assumir esse megaministério.”
Bolsonaro foi instado a
falar sobre assuntos como a intervenção federal na segurança do Rio, a
recuperação fiscal do Estado, a necessidade de se estimular o turismo e
de se estimular o desenvolvimento da economia brasileira. Outros
pré-candidatos vêm sendo convidados.
O deputado lidera as
pesquisas de intenção de voto no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT), preso e condenado na Operação Lava Jato. É seguido
por Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT).
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