16 de dezembro de 2016

PASTOR SILAS MALAFAIA VAI Á PF EM SP PARA PRESTAR DEPOIMENTO

O pastor Silas Malafaia, alvo de um mandado de condução coercitiva na Operação Timóteo, se apresentou na sede da Polícia Federal em São Paulo, na tarde desta sexta-feira (16), para prestar depoimento. O pastor deixou a PF às 17h50. A operação foi batizada de Timóteo em referência a um dos livros da Bíblia. Segundo a investigação, o líder religioso é suspeito de emprestar contas bancárias de sua instituição para ajudar a ocultar dinheiro.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antes de entrar para depor, o pastor disse que não é bandido e não tem medo de ser preso. Ele afirmou também que sabe distinguir as doações. "Eu sei separar o que é para mim e o que para a minha entidade. Eu orei por esse cara [o doador] em 2011, eu oro por muita gente. Eu recebo muitas ofertas, não é só dele não. E declaro no imposto de renda."
 
 
 
 
 
Sobre a checagem da origem do dinheiro, ele disse que "isso não existe para um real nem para um milhão nem para nenhum valor”. "A minha indignação não é um juiz dizer: ‘Pastor, venha aqui prestar depoimento. Está correto. A minha indignação é fazer show pirotécnico. Foram na minha casa, minhas netas estavam em casa, com polícia federal, criança chorando, a quem interessa isso? Quer dizer que agora no Brasil qualquer um vai ser jogado no lixo da corrupção e safadeza?".
 
 
 
 
Malafaia também fez um desabafo em uma rede social na manhã desta sexta-feira. “Declaro no imposto de renda tudo o que recebo. Quer dizer que se alguém for bandido e me der uma oferta, sem eu saber a origem, sou bandido? Será que a justiça não tem bom senso? Pra saber que eu recebi um cheque de uma pessoa; e isso me torna participante de crime? Estou indignado”, afirmou o pastor.
 
 
 
 
As ações da Polícia Federal ocorreram no Distrito Federal, em Goiás, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. A suposta organização criminosa, de acordo com a PF, agia junto a prefeituras para obter parte dos 65% da chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) repassada aos municípios. Em 2015, o CFEM acumulou quase R$ 1,6 bilhão.
 
 
 
 
Ainda conforme os investigadores, munidos das informações, os suspeitos entravam em contato com municípios que tinham créditos do CFEM junto a empresas de exploração mineral para oferecer seus serviços.
 
 
 
 
 
As investigações tiveram início no ano passado, no momento em que a Controladoria-Geral da União (CGU) enviou à PF uma sindicância que apontava incompatibilidade na evolução patrimonial de um dos diretores do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
 
 
 
A autarquia federal, ligada ao Ministério de Minas e Energia, é responsável pela fiscalização da exploração mineral no país.
 
 

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