Foi decretado, nesta sexta-feira (4), estado de calamidade pública em Rondônia devido a cheia histórica do Rio Madeira. O governo explica que enviou decreto ao governo federal com objetivo de evitar possíveis mortes ocasionadas pelas inundações e consequências, como doenças, da enchente. O nível do rio está em 19,58, sendo que o maior pico registrado ocorreu dia 30 de março, 19,74, de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA). Cerca de 25 mil pessoas foram atingidas pela cheia, segunda a Defesa Civil do estado.
Para ajudar nas ações de socorro, o governo federal liberou mais de R$ 1,7 milhões para o restabelecimento de serviços essenciais. Os desabrigados em todo o estado são 1.509 famílias. Os desalojados, que optaram ir para casa de parentes, somam 3.584.
“O decreto solicita recurso aos ministérios para enfrentar essa crise”, disse coordenador técnico da casa civil, Elder Risley.
Segundo o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), as chuvas que ainda caem sobre a região na bacia dos rios Bene, Madre de Dios, Guaporé, Mamoré foi o que mais influenciou este aumento histórico do nível do Madeira em Rondônia.
No Baixo Madeira, muitos distritos de Porto Velho foram inundados e milhares de pessoas abandonaram suas casas. O distrito São Carlos foi 100% atingidos e várias famílias passaram a viver em flutuantes.
Já a BR-364, única via de acesso ao Acre, continua bloqueada por apresentar seis pontos de alagamento e por causa da forte correnteza, as balsas não têm força para subir o rio na região da comunidade Palmeiral, distante cerca de 130 quilômetros de Porto Velho. Próximo a essa região, em Velha Mutum, a água sobre a rodovia chegou a ultrapassar 1,5 metro, o que deixou vários motoristas ilhados.
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