Um dos crimes mais lucrativos, o tráfico de pessoas gera
bilhões de dólares e se aproxima do tráfico de drogas e contrabando de armas em
todo o mundo. Para discutir em audiência pública essa problemática que atinge o
Brasil, a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o Tráfico Nacional e
Internacional de Pessoas (CPI do Tráfico de Pessoas) do Senado Federal, estará
em Natal, na próxima segunda-feira, 28 de maio, a partir das 9h no Plenarinho
da Assembleia Legislativa.
Embora não existam muitos dados oficiais e atuais acerca do
fenômeno do tráfico da pessoa humana, a última e mais recente pesquisa relacionada
ao tema, a Pestraf 2002, coloca o Rio Grande do Norte como um dos estados que
têm rota do tráfico, seja para o território brasileiro, seja para outros
países, sobretudo para a Europa. O Brasil é um dos maiores
"exportadores" de mulheres escravas da América do Sul. Segundo dados
do Ministério da Justiça, anualmente, cerca de 60 mil brasileiros são levados
do país à força, sob ameaça ou enganados quanto à verdadeira razão do
deslocamento. Jovens entre 15 e 25 anos são o principal alvo de aliciadores,
seja para o tráfico transnacional ou interno. O Escritório das Nações Unidas
(UNODC), no entanto, estima que sejam 100 mil pessoas.
Atualmente o fenômeno do tráfico de seres humanos tem como
um dos focos principais a exploração sexual. As principais vítimas desse tipo
de crime organizado são mulheres, e também adolescentes tanto do sexo feminino
quanto masculino. Existem também registros de tráfico de pessoas para trabalho
forçado, trabalho escravo e nesses dos âmbitos, envolvem homens, mulheres e
famílias constituídas.
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