O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) instituiu um
gabinete de crise em razão da recente poluição de praias, estuários e
áreas de mangue no Estado, em decorrência do lançamento de petróleo em
águas oceânicas brasileiras. O Gabinete de Crise Ambiental terá atuação
em regime de Força-Tarefa Interestadual integrada pelos Ministérios
Públicos do RN, de Pernambuco, Sergipe, Alagoas e Paraíba.
No documento, que foi publicado no Diário Oficial do Estado desta
terça-feira (5), o procurador-geral de Justiça destaca que não há
notícia de definição do volume da descarga nem do volume que ainda possa
vir a ser descarregado, localização atual, extensão e trajetória
prevista da mancha de óleo, por ainda não ter sido confirmada a autoria
do seu lançamento no mar, o que demanda maior precaução. “A força-tarefa
terá abrangência interestadual tendo em vista que o dano ambiental em
foco tem caráter regional”, disse.
No RN, o Gabinete de Crise Ambiental fomentará atuação integrada das
Promotorias de Justiça dos municípios do litoral potiguar atingidos ou
não pelo óleo, para articulação de medidas de prevenção e reação nas
áreas de defesa do meio ambiente, cidadania, saúde e consumidor.
Inicialmente, o grupo voltará atenções para os municípios de Senador
Georgino Avelino, Baía Formosa, Canguaretama, Ceará-Mirim, Extremoz,
Maxaranguape, Natal, Nísia Floresta, Parnamirim, Rio do Fogo, Tibau,
Tibau do Sul e Touros.
O Gabinete funcionará como órgão auxiliar vinculado à
Procuradoria-Geral de Justiça, em caráter excepcional e enquanto durar a
crise e seus efeitos, composto pelo procurador-geral de Justiça e pelos
coordenadores dos Centros de Apoio Operacional às Promotorias de
Justiça de Defesa do Meio Ambiente (CaopMA), de Defesa da Saúde (Caop
Saúde) e de Defesa da Cidadania e dos Direitos do Consumidor (Caop
Cidadania).
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