Um policial militar foi denunciado pelo Ministério Público por
comandar um esquema fraudulento envolvendo o seguro DPVAT na cidade de
Macau, na região salineira potiguar.
O PM, que também é blogueiro,
se chama Leandro de Souza e possuía dois escritórios especializados no
esquema – um em Macau e outro em Ceará-Mirim.
E segundo a 1ª
Promotoria de Justiça de Comarca de Macau, ele e mais três pessoas – uma
delas sua esposa – cometeram os crimes de estelionato, associação
criminosa e falsificação de documentos para conseguir o viabilizar o
benefício para supostas vítimas de acidentes.
Ainda segundo a
promotora Tiffany Mourão, Leandro se valia da função de PM e fraudava
boletins de ocorrências. Com ajuda de seus comparsas, ele conseguia uma
lista de pessoas atendidas no hospital de Macau e, em seguida, um dos
estelionatários abordava as pessoas já em casa, com a promessa de
indenizar através do seguro DPVAT as futuras vítimas, de forma rápida e
segura.
A quadrilha, então, pedia documentos pessoais das pessoas
para dar entrada no pedido e confeccionava laudos médicos adulterados e
boletins de ocorrência, de maneira que as vítimas de variados tipos de
ocorrências pudessem ser enquadradas no DPVAT como vítimas de acidentes
de trânsito.
O modus operandi seguia, inclusive, com a mudança dos
veículos envolvidos por outros que estivessem com o IPVA em dias e
mudança de locais dos acidentes para rodovias asseguradas. Logo após
convencer os pacientes a aderirem ao esquema, os criminosos dividiam o
lucro; embora em alguns casos tenha ficado constatado pela polícia que o
paciente era enganado e não recebia sua parte do acordo, sendo
informado que não conseguiu ser enquadrado no seguro.
A promotora
Tiffany Mourão entrou com um pedido de medida cautelar contra Leandro de
Souza. O blogueiro não poderia mais exercer a função de policial
durante o curso das investigações e foi proibido de acessar as
dependências da 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Macau, bem
como da 1ª Companhia Independente de Polícia Militar.
O caso agora
segue na justiça e, se condenado, Leandro deve perder de forma
definitiva a farda, além de pagar pelos crimes como um civil comum.
Nenhum comentário:
Postar um comentário