14 de março de 2022

PASTOR CEGO É PRESO POR USAR NOME DE MINISTRO PARA DAR GOLPE MILIONÁRIO EM FIÉIS

Com quase 100 mil inscritos em seu canal no YouTube, o pastor evangélico goiano Osório José Lopes Júnior alimenta diariamente suas redes sociais com fotos e vídeos. Nas gravações, o religioso acalma o coração de milhares de fiéis que desembolsaram fortunas após serem convencidos a investir em uma espécie de título apresentado por ele como Letra do Tesouro Mundial. Com Metrópoles.



Supostamente lastreado em ouro, os papéis teriam um valor “bilionário”. O pastor dizia que os títulos já contariam com autorização do governo federal, por meio do ministro da Economia, Paulo Guedes, para ser pagos. Uma afirmação claramente falsa, uma vez que o ministro nada tem haver com os golpes aplicados pelo religioso.



Na tentativa de garantir credibilidade, o pastor usa, além no nome dos ministérios, logomarca de entidades financeiras, como Banco Mundial e o Banco do Brasil, em uma plataforma de investimento conduzida pelo grupo.



Há pelo menos nove anos, o pastor viaja país afora e, com a ajuda de arregimentadores, capta novos investidores interessados em receber até 100 vezes o valor aportado assim que os títulos estiverem prontos para ser resgatados. Em sua maioria, os compradores são fiéis de igrejas evangélicas, além de parentes e amigos próximos ao pastor. Em apenas um dos grupos criados no Telegram, há cerca de 8 mil “clientes”.

 

Em outra oportunidade, o pastor Osório foi preso após ser alvo de uma operação deflagrada pela Polícia Civil goiana, em maio de 2018. Na ocasião, o religioso teve prisão preventiva decretada sob a acusação de obter R$ 15 milhões aplicando golpes em fiéis de Goianésia, região central de Goiás. Além de Osório, outro líder religioso e um seguidor deles foram detidos na mesma ação policial.



Segundo a Polícia Civil, a dupla de pastores alegava que havia ganhado um título de R$ 1 bilhão, mas precisava reunir fundos para conseguir recebê-lo. De acordo com as investigações, para tirar o dinheiro das vítimas, os dois prometiam a quem colaborasse lucros de até 10 vezes do valor aplicado. Vítimas chegaram a vender a própria casa para ajudar os líderes religiosos e fazer o investimento.



A investigação apontou que os dois pastores ostentavam dinheiro e poder em Goianésia. Osório morava em uma casa de luxo e chegava a alugar helicóptero para viajar da cidade para outras regiões. A PCGO identificou, por meio da quebra de sigilo bancário, que os religiosos movimentaram R$ 20 milhões no banco.

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