31 de maio de 2020

'TUDO APONTA PARA UMA CRISE', DIZ BOLSONARO AO CITAR REPORTAGENS SOBRE DECISÕES DO JUDICIÁRIO


O presidente Jair Bolsonaro publicou em uma rede social, neste sábado (30), comentários sobre diversas reportagens publicadas nos principais jornais do país a respeito de decisões do Judiciário em relação ao governo e a seus aliados. O título da postagem é "Tudo aponta para uma crise". 




Nas últimas semanas, o presidente manifestou contrariedade em relação a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), como a do ministro Celso de Mello, que retirou o sigilo do vídeo de uma reunião ministerial do dia 22 de abril. 



Outra medida criticada pelo presidente foi a tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou operação da Polícia Federal dentro de inquérito que investiga a produção de fake news e ameaças contra integrantes da Suprema Corte. Aliados de Bolsonaro foram alvos de mandados de busca e apreensão. 



Na última quinta-feira (28), o presidente chegou a dizer que "ordens absurdas" não devem ser cumpridas e que não haverá outro dia como a quarta-feira (27) em que foi realizada a operação que atingiu empresários e blogueiros que o apoiam



Entre os fatos elencados por Bolsonaro na postagem deste sábado, está o envio pelo ministro Celso de Mello à Procuradoria Geral da República (PGR) de comunicação de crime atribuído ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente. 




Em uma transmissão na noite de quarta-feira, Eduardo cogitou a necessidade de adoção de "medida enérgica" pelo pai. Ele falou em "momento de ruptura" e disse que a questão não é de "se", mas, sim, de "quando" isto vai ocorrer. 




O presidente também citou pedido da Polícia Federal para a prorrogação das investigações no inquérito que apura se Bolsonaro interferiu politicamente na corporação. A suposta ingerência, denunciada pelo ex-ministro Sergio Moro, motivou a saída do ex-juiz do governo




Entre outros assuntos, Bolsonaro destacou a acusação de que a sua chapa nas eleições de 2018 teria se utilizado de empresas de disparos de mensagens em massa durante a campanha, para atacar opositores. 



O chefe do Executivo citou ainda apurações sobre o chamado "gabinete do ódio", que funcionaria sob a liderança do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, filho do presidente, com o objetivo de espalhar informações falsas e difamações na internet. 



Bolsonaro listou também a desistência, por parte do partido Rede, de ação que pedia o fim do inquérito das fake news; as notícias sobre o silêncio do ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante depoimento à PF; e o manifesto de procuradores favoráveis à obrigatoriedade da lista tríplice para definição do chefe do Ministério Público.

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