Uma das páginas mais
importantes da história do automobilismo mundial terminou de ser escrita nesta
segunda-feira. Aos 70 anos, morreu Niki Lauda, tricampeão mundial de Fórmula 1
e atual presidente não executivo da Mercedes. Em 2018, Lauda passou por um
transplante de pulmão e só recebeu alta depois de ficar mais de
dois meses internado. No começo deste ano, o tricampeão ficou mais
dez dias no hospital após ter febre durante as festas de fim de ano.
As primeiras informações dão conta de que ele estava em Viena, teve falência
renal e morreu ao lado dos familiares.
Lauda era casado desde
2009 com Birgit Wetzinger, que lhe havia cedido um rim para transplante quatro
anos antes, quando o órgão doado em 1997 pelo irmão Florian teve problemas. Os
dois tinham os gêmeos Max e Mia. Entre 1976 e 1991, o ex-piloto já tivera
matrimônio com Marlene Knaus, com quem teve dois filhos, Mathias e Lukas. O
tricampeão tinha ainda um outro filho fora do casamento chamado Christopher.
No começo de julho de
2018, Niki Lauda descansava com a família em Ibiza, na Espanha, onde pegou uma
forte gripe. O quadro evoluiu para febre alta com uma forte tosse, e o
ex-piloto viajou em seu jato particular para a Áustria, onde se internou.
Inicialmente, Lauda recebeu tratamento intensivo para o vírus, e aparentou
melhora. Mas o estado se agravou, e os médicos decidiram transplantar o pulmão,
embora tenham garantido que as compicações não eram relacionadas ao grave
acidente sofrido na pista de Nürburgring, em 1976 - na ocasião, o austríaco
teve graves queimaduras e inalou gases tóxicos, escapando da morte por pouco.
Nascido em 22 de
fevereiro de 1949, Andreas Nikolaus Lauda era de família rica. Apesar de ter
passado uma juventude abastada, o austríaco quis seguir carreira no automobilismo.
Sem apoio do avô banqueiro e dos demais familiares, Niki tomou um empréstimo
num outro banco e passou a investir na carreira. Depois de comprar uma vaga na
equipe March de Fórmula 2, Lauda rapidamente foi convidado para correr na F1,
estreando no GP da Áustria de 1971.
Nenhum comentário:
Postar um comentário