A Justiça negou nesta terça-feira (18) o habeas
corpus para o médium João de Deus,
suspeito de abusos sexuais contra mulheres durante atendimentos espirituais em Abadiânia.
Ele está preso no Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia após se
entregar à Polícia Civil.
O desembargador Jairo Ferreira Júnior foi o
responsável por analisar o pedido em caráter liminar, feito pelo advogado
Alberto Toron. Em nota, ele disse que pretende recorrer ao Superior Tribunal de
Justiça (STJ).
"Apenas a liminar foi apreciada e negada. O
julgamento final do habeas deverá se dar após o recesso. Discordamos da decisão
e vamos recorrer ao STJ", declarou.
Na decisão, o desembargador analisou que o assunto
deveria ser analisado pelo órgão colegiado, e não apenas por ele. "Ante a
gravidade abstrata do delito e a necessidade de proteção às vítimas, em
detrimento dos bons predicados pessoais, a presunção de inocência, da
possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão e da ausência
de elementos concretos que justifiquem o encarceramento provisório [...],
consistem, genuinamento, no próprio mérito da impetração, motivo pelo qual sua
análise compete ao Órgão colegiado", escreveu.
Mais cedo, a Polícia Civil
fez buscas em endereços ligados ao médium - incluindo a Casa Dom
Inácio de Loyola, onde ele atendia - para tentar colher novas provas para as
investigações. Entre os objetivos da corporação estava verificar a sala onde
supostamente ocorreram os abusos.
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