O governo da Alemanha informou ao Brasil, nesta semana, que o homem
condenado a 14 anos de prisão por matar a ex-namorada no Distrito
Federal, em 1987, está preso. Marcelo Bauer fugiu para a Europa após o
crime, 31 anos atrás, e era considerado foragido.
O assassinato aconteceu em julho de 1987,
mas Bauer fugiu após a denúncia do Ministério Público e conseguiu
cidadania europeia. Com isso, ele evitou a extradição de volta para o
Brasil para o cumprimento da pena.
A vítima, Thais Muniz Mendonça, era estudante de letras da Universidade
de Brasília (UnB). Segundo a perícia feita na época, o corpo tinha
marcas de asfixia, golpes de faca e uma perfuração por arma de fogo.
Segundo o comunicado alemão, divulgado nesta sexta-feira (13) pelo
Ministério Público Federal, Marcelo Bauer cumpre pena desde 25 de abril
deste ano no Centro Penitenciário de Bayreuth, no norte da Baviera.
A previsão é de que ele seja libertado apenas em 24 de abril de 2032, quando acabam os 14 anos de reclusão.
Na Alemanha, o prisioneiro vai cumprir a mesma pena definida pela Justiça brasileira. Em 2012, Bauer foi condenado, à revelia, a 18 anos pelo Tribunal de Justiça do DF. Após recurso, a pena foi reduzida para os 14 anos de prisão atuais.
Em 2014, a defesa do brasileiro chegou a acionar o Supremo Tribunal
Federal (STF) alegando impedimento ao direito de defesa. Relator do
caso, o ministro Celso de Mello negou o recurso.
O crime aconteceu em julho de 1987. Thais, então com 19 anos, foi vista
pela última vez na saída da aula na UnB. Ela não chegou a voltar para
casa.
O corpo dela foi encontrado por bombeiros dois dias depois, em um
matagal perto da 415 Norte, com sinais de 19 facadas no pescoço e um
tiro na cabeça. A perícia apontou que ela também sofreu asfixia por
substância tóxica.
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