A procuradora-geral
da República, Raquel Dodge, denunciou o senador José Agripino Maia (DEM-RN) e
mais duas pessoas pelos crimes de associação criminosa e peculato por suposta
nomeação de funcionário "fantasma" no gabinete.
Conforme a acusação, o
parlamentar manteve por sete anos um funcionário que não prestava serviços no
Senado. Além disso, disse Dodge, o salário do servidor era repassado para outra
pessoa que prestava serviços ao parlamentar.
Em nota, Agripino disse
que a acusação "não é verdadeira" e que comprovará o que diz durante
o processo.
"A acusação que me
fazem não é verdadeira. Nunca tive nos quatro mandatos de Senador que exerci
nenhum funcionário fantasma no meu gabinete. Asseguro que isso ficará
demonstrado na resposta que oferecerei à denuncia", disse na nota.
A relatora do caso,
ministra Rosa Weber, deverá notificar o senador para apresentar defesa antes de
levar a denúncia a julgamento na Primeira Turma do STF. Caberá aos ministros da
turma decidirem se tornam o senador réu pelas acusações.
Dodge também pediu ao
Supremo a abertura de um novo inquérito para investigar se o senador cometeu o
crime de lavagem de dinheiro em razão de suspeitas identificadas durante as
investigações. A procuradora aponta
dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que apontam que,
de dezembro de 2011 a novembro de 2014, o senador teria movimentado valores
atípicos, inclusive, por meio depósitos feitos por um motorista do Senado.
Agripino Maia já é réu em um
desdobramento da Operação Lava Jato - ele foi acusado de corrupção e
lavagem de dinheiro por suposto desvio de dinheiro público na construção da
Arena das Dunas, em Natal.
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