30 de setembro de 2015

MP DIZ QUE PMS COBRAVAM PARA LIBERAR TRAFICANTES EM NATAL

Sem títuloO Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) detalhou, em coletiva à imprensa realizada no início da tarde desta terça-feira (29), as investigações que culminaram com a operação 'Novos Rumos', deflagrada na manhã desta terça, para o cumprimento de 12 mandados de prisão preventiva contra policiais militares. De acordo com o MPRN, as investigações apontaram que os militares conduziam um esquema de extorsões e cobrança de propina para liberar traficantes e criminosos.

Segundo o promotor de justiça Jorge Augusto de Macêdo Tonel, os 12 policiais que tiveram prisão preventiva decretada são praças, lotados no 9º Batalhão da Polícia Militar, localizado no bairro de Cidade da Esperança, na Zona Oeste de Natal. Ainda segundo o promotor, os 12 mandados de prisão preventiva já foram cumpridos.

Ainda de acordo com o promotor, a operação 'Novos Rumos' surgiu a partir de um desmembramento da operação 'Citronela', cujas investigações começaram em outubro de 2014 e que foi deflagrada na sexta-feira (25), na comunidade do Mosquito, localizada no bairro das Quintas, na Zona Oeste da capital potiguar.

As provas colhidas pelo MP apontou para a pratica de extorsões e cobrança de propinas feitas pelos policiais, inclusive de traficantes de drogas, para não interferir nos negócios ilícitos. Ainda segundo a promotoria, os PMs eram pagos com dinheiro e objetos. "Foi identificada uma relação quase simbióticas entre esses militares e um cidadão preso na comunidade do Mosquito, conhecido como traficante na região", completou o promotor.

Foram constatados na investigação, recebimento de dinheiro e bens como armas, notebooks, perfumes, queijos, dentre outros, para a não realização de flagrantes contra os traficantes. Ainda de acordo com provas recolhidas pelo MP, os policiais agiam de forma sistemática. Além dos casos de corrupção e extorsão, as investigações também apontaram para o envolvimento dos PMs com esquemas de jogos clandestinos e em furtos.

De acordo com a promotoria, que também é composta pelos promotores Silvio Brito e Patrícia Antunes, as investigações apontaram que os crimes eram executados quase que de forma continua pelos policiais. Ainda de acordo com os promotores, outros desmembramentos da operação seguem em segredo de justiça na Vara da Auditoria Militar, mesma que expediu os mandados de prisão da operação.

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