O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed),
Geraldo Ferreira, defendeu o uso da hidroxicloroquina para pacientes em
estado inicial da Covid-19, e afirmou que a valorização do tratamento
tomou rumos políticos.
O Sinmed recorreu à Justiça para contestar o pedido de “lockdown” em
Natal e Região Metropolitana, solicitado pelo Sindicato dos
Trabalhadores em Saúde do Estado (Sindsaúde), na quinta-feira (14). Em
nota divulgada pelo Sindicato dos Médicos, além de ser contrário à
medida de restrição de circulação, também foi citado o uso da
hidroxicloroquina, medicamento defendido e lembrado frequentemente pelo
presidente Jair Bolsonaro.
Para Geraldo Ferreira, o tratamento sofre interferências por
direcionamentos políticos. O sindicalista acredita que apesar de
apresentar resultados positivos em diversos países, o medicamento tem
sofrido "desprezo" no Brasil, por conta de divergências voltadas para o
cenário político.
"Há uma polarização muito grande, que tem desprezado experiências
vitoriosas. Tem se colocado a questão da hidroxicloroquina como um grau
de politização. Acho que aí é o mais sensível. Pessoas pertencentes a
uma corrente política, desprezam qualquer medida da hidroxicloroquina,
quando, na verdade, a Costa Rica usou, a Itália e a Espanha também. A
Índia tem usado com sucesso. É uma droga absolutamente segura, com uso
de anos no Brasil para tratamento de malária e lúpus. Ela tem sido
desprezada. Estava na hora do governo estadual e municipal começar a
explorar. Isso poderia diminuir a busca por leitos de hospital e de
UTI", explicou.
Segundo o presidente do Sinmed, os tratamentos experimentais de maior
conhecimento foram efetuados de forma errada, que conforme dito por
Ferreira, pode ser considerado um crime. Outro ponto alertado é o
momento do uso do medicamento.
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