O Ministério Público
Federal, por meio da força-tarefa da Lava-Jato em São Paulo, denunciou nesta
segunda-feira (9) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e
um dos irmãos dele, José Ferreira da Silva (conhecido como Frei Chico), por
corrupção passiva.
Também foram
denunciados, por corrupção ativa, o delator e ex-diretor da Odebrecht
Alexandrino Alencar, Marcelo
Odebrecht, ex-presidente do grupo, e Emilio Odebrecht.
O MPF diz que
"entre 2003 e 2015, Frei Chico, sindicalista com carreira no setor do
petróleo, recebeu R$ 1.131.333,12, por meio de pagamento de 'mesada' que variou
de R$ 3 mil a R$ 5 mil e que era parte de um 'pacote' de vantagens indevidas
oferecidas a Lula, em troca de benefícios diversos obtidos pela Odebrecht junto
ao governo federal".
De acordo com a
denúncia, Lula sugeriu que a Odebrecht contratasse Frei Chico para intermediar
um diálogo entre a construtora e trabalhadores. Ao final do contrato, em 2002,
quando Lula elegeu_se presidente, Frei Chico teria passado a receber uma mesada
para manter uma relação favorável aos interesses da companhia.
Em abril de 2017, o
ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar disse em delação premiada que Frei Chico
recebeu mesadas da empreiteira por 13 anos. O pagamento era feito em
dinheiro vivo.
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