17 de abril de 2019

MÃE OBTEM NA JUSTIÇA O DIREITO DE PLANTAR MACONHA MEDICINAL PARA FILHA DE 9 ANOS NO RS


Uma decisão judicial mudou a vida da pequena Caroline. Aos 9 anos, deixou para trás a cadeira de rodas que precisava para se locomover, e as frequentes convulsões e internações hospitalares que tinha de enfrentar. Tudo graças ao óleo de canabidiol que a mãe, a professora Liane Pereira, de 50 anos, fabrica em casa a partir da planta que obteve neste mês o direito de cultivar. 




A decisão é de 9 de abril, do juiz Roberto Coutinho Borba, da 4ª Vara Criminal de Canoas, Região Metropolitana de Porto Alegre. Liane ingressou na Justiça para poder plantar um tipo específico de maconha, após aprender a produzir o óleo que acaba com as crises de convulsão causadas pela síndrome de Dravet, forma rara de epilepsia, da qual Caroline é portadora. 




"É outra vida", diz Liane, aliviada com a melhora da filha. 




"Estávamos há um ano e dois meses sem por os pés no hospital, sendo que em um ano, passamos seis meses direto no hospital. Agora é curtir e ser feliz. Somos felizes vendo ela feliz no dia a dia", conta.



Caroline teve a primeira crise de convulsão com 25 dias de vida. A partir de então, a enfermidade impediu a menina de ter uma infância normal. 




"Ela tinha de 50 a 60 crises convulsivas diárias. Teve dias em que, das 24 horas, ela passava 23 convulsionando”, conta Liane. 






O desespero pelo estado de saúde da filha levou Liane a procurar um tratamento à base de cannabidiol. O medicamento, no entanto, é importado a um preço alto. A família chegou a fazer rifas, vaquinhas na internet e até mesmo retirar empréstimos bancários para bancar o produto.




 
Embora tenha melhorado o estado da menina, o óleo importado não cessou completamente as crises. Ainda assim valia o esforço, e a família conseguiu na Justiça que o SUS bancasse o medicamento. Mas o embate judicial era árduo, e por muitos meses Caroline ficou sem o remédio do qual tanto precisava.


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