Investigadores da
Força-Tarefa da Lava Jato afirmam que há fortes indícios de favorecimento de
Moreira Franco para contratação de empresas ligadas a um esquema criminoso.
Segundo o MPF, ele teve atuação destacada na solicitação e recebimento de
propina que acabou sendo paga pela empresa Engevix, além de ter pedido propina
de R$ 4 milhões para favorecer a Odebrecht no contrato de concessão do
aeroporto do Galeão.
O ex-governador do Rio
e ex-secretário e ex-ministro dos governos de Dilma Rousseff e Michel Temer,
Wellington Moreira Franco, foi preso ao
sair do aeroporto do Galeão nesta quinta-feira (21). Na mesma
operação foi preso, em São Paulo, o ex-presidente Michel Temer. Moreira foi
levado à noite para a Unidade Prisional Especial da PM em Niterói.
O pedido para
favorecimento no contrato de concessão do aeroporto do Galeão teria acontecido
em 2014. O processo estava sob responsabilidade da Secretaria de Aviação Civil,
na época presidida por Moreira Franco.
Em sua delação, José Antunes
Sobrinho, executivo da empresa de engenharia Engevix, explicou que o coronel
João Baptista Lima afirmou, em meados de 2013, que seria necessário pagar
propina aos integrantes da cúpula do PMDB, sob pretexto de “doação de
campanha”.
Sobrinho, então, afirmou
que não havia margem de lucro no contrato da usina de Angra 3 e sugeriu que a
Engevix fosse favorecida em dois projetos da Secretaria de Aviação Civil,
comanda por Moreira: a construção do Centro Nacional de Aviação, ao custo de R$
250 milhões; e um contrato de consultoria para a definição do futuro da área
aeroportuária do Brasil, no valor de R$ 16 milhões.
Moreira Franco levou
Sobrinho a um almoço com Michel Temer, em que, segundo o MPF, ficou claro que o
papel de Moreira Franco era viabilizar as licitações para que a Engevix pudesse
gerar caixa para pagar a propina solicitada.
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