Construído em
cima de dunas, onde túneis são escavados até com as mãos limpas, (sem
ferramentas), em 98, Alcaçuz foi anunciada pelo governo de Garibaldi Alves
Filho como a solução para acabar com os problemas gerados pela Penitenciária
Central Doutor João Chaves, conhecida por “Caldeirão do Diabo”. A construção é
tido como um grande erro, haja vista a facilidade de escavação de túneis.
Passado todo
esse tempo, Alcaçuz se tornou o centro das atenções entre as atuais
dificuldades enfrentadas pelo sistema carcerário. A construção inicial, segundo
o que foi à época divulgado, custou R$ 10 milhões aos cofres públicos.
Quatro meses
depois de ser posta em funcionamento, a penitenciário já registrou a primeira
fuga. Um detento considerado de confiança saiu pela porta da frente, sem ser
notado. Naquele momento os túneis, que hoje são rotineiramente encontrados sob
as celas, não eram comuns.
Dois anos depois
de abrir os portões, a Penitenciária de Alcaçuz assistiu a uma das fugas que
marcaram a história do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte.
O assaltante de
bancos Valdetário Carneiro foi resgatado por seu bando do presídio. Os homens
chegaram em carros com armas de grosso calibre, inclusive uma metralhadora
ponto 50, usada pelo Exército, e conseguiram tirar Valdetário da unidade à
força, atacando as guaritas.
Além dele,
outros 28 apenados conseguiram fugir, no episódio que se caracterizou na época
como a maior fuga da história. O número foi batido em 2012, na evasão em massa
que colocou 41 detentos na rua.
Os primeiros
túneis começaram a ser descobertos pelos agentes penitenciários ainda no início
dos anos 2000.
A penitenciária construída para ser a solução o caótico do sistema
penitenciário passou a ser um dos motivos de dor de cabeça para o Executivo
que, em meio à crise orçamentária, busca encontrar maneiras para providenciar
melhorias.
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