10 de março de 2016

NANÁ VASCONCELOS É SEPULTADO NO CEMITÉRIO DE SANTO AMARO, NO RECIFE

Ao som de batuques, de canções do folclore nordestino e gritos de 'Viva Naná', o corpo do percussionista Naná Vasconcelos foi enterrado nesta quinta-feira (10), pouco depois das 11h, no Cemitério de Santo Amaro, área central do Recife. Flores foram jogadas em cima do caixão antes de o túmulo ser selado. O músico faleceu na última quarta-feira (9), após complicações de um câncer de pulmão descoberto há sete meses.
 
 
Naná Vasconcelos é sepultado no Recife (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)

 
Parentes, amigos e admiradores acompanharam o ato com músicas e palmas. O cantor Otto, que ajudou a carregar o caixão na entrada do cemitério, fez questão de lembrar da generosidade do ídolo e o trabalho que ele desenvolvia para as crianças. "(Ele era) pai da música, de todas as gerações. É um rei que chegou aqui em Pernambuco. Sempre estava aberto para os novos, essa coisa linda que ele era", declarou.
 
 
Nações de maracatu prestaram homenagem a Naná durante seu enterro (Foto: Artur Ferraz/G1)

 
 
Outro admirador é o cantor Lira. Para ele, Naná era "o maior de todos" e cosmopolita. "Ele derreteu as fronteiras entre o regional e o universal. Alforriou e libertou os estreitos criados para os negros e índios, livrando-os dos estereótipos. Ele trouxe a luz, o protagonismo, a influência dele é gigantesca na estética da música daqui e do mundo. Ele solfejava todos os solos de Jimmy Hendrix", contou.
 
 
Depois que o túmulo foi selado, foram cantadas músicas religiosas, tanto do universo católico quanto da cultura africana. Um flautista ainda tocou uma canção medieval e convidou todos os presentes a cantar o Hino Nacional. Em seguida, as nações de maracatu executaram uma loa em homenagem ao artista. O túmulo ficou coberto de flores.

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