12 de dezembro de 2015

DESVIOS NA TRANSPOSIÇÃO ENVOLVEM R$ 200 MILHÕES, AFIRMA PF

 Consórcio formado pela OAS, Galvão Engenharia, Barbosa Mello e Coesa, responsável por dois dos 14 lotes da transposição do Rio São Francisco, foi alvo da Operação Vidas Secas, deflagrada ontem pela Polícia Federal. A operação apura suspeitas de desvio de R$ 200 milhões das obras de transposição sob execução do consórcio. Foram presos temporariamente o presidente da OAS, Elmar Varjão, e o executivo do Grupo Galvão Mario de Queiroz Galvão.
 Delegados da Polícia Federal apresentam os resultados da Operação Vidas Secas

Cerca de 150 policiais federais cumpriram quatro mandados de prisão, quatro de condução coercitiva e 24 de busca e apreensão em Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e Brasília. Além de Varjão e Queiroz Galvão, foram detidos o executivo da Galvão Engenharia Raimundo Maurílio de Freitas e o executivo Alfredo Moreira Filho, ex-representante da Barbosa Mello.

Embora tenha alvos em comum, a ação desta sexta não tem relação com a investigação sobre o esquema de corrupção na Petrobras. Iniciada no ano passado, a Operação Vidas Secas partiu de dados do Tribunal de Contas da União e da Controladoria-Geral da União Após um compartilhamento de informações com a Lava Jato, a PF constatou uma movimentação de dinheiro do Ministério da Integração para contas das empreiteiras e, depois, para empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef.

A investigação mira em uma suspeita de desvio em contrato de R$ 680 milhões do Ministério da Integração Nacional com o consórcio Apurações mostraram que as empresas do consórcio receberam verba da pasta para as obras e repassaram cerca de R$ 200 milhões para empresas de fachada de Youssef e do também doleiro Adir Assad. Os dois já foram condenados no âmbito da Lava Jato.

A prisão de Varjão ocorre quatro meses após o ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, ser condenado a 16 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Lava Jato. Como Pinheiro foi preso em novembro de 2014, Varjão é o segundo presidente da empresa detido por suspeita de desvio de dinheiro em um ano.

O Grupo Galvão informou que ainda não tomou conhecimento dos detalhes da investigação. A Galvão Engenharia afirmou que colabora com as autoridades. O Ministério da Integração Nacional não comentou a operação de ontem. Os advogados Antonio Figueiredo Basto, que defende Youssef, e Miguel Pereira Neto, que representa Adir Assad, informaram que só vão se manifestar depois que tiverem acesso aos autos.

Um comentário:

MULHER SERIDOENSE E MARIDO SÃO BALEADOS EM ESTRADA NA PB

Um casal foi baleado na manhã desta quarta-feira, (27), quando se deslocava de moto em uma carroçável estrada   no município de São Bento/...