22 de janeiro de 2015

“GUERRA” PELO PODER! “PMDB NÃO SE SUBMETERÁ MAIS A LÍDER DO GOVERNO NA CÂMARA”, DIZ CUNHA

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), afirmou nesta quinta-feira (22), em sua conta no Twitter, que a bancada do partido não vai mais se submeter à liderança do deputado Henrique Fontana (PT-RS) na Casa. Fontana é líder do governo na Câmara e foi acusado por Cunha de se comportar como líder do PT no governo em detrimento dos outros partidos da base governista.

No Twitter, Eduardo Cunha criticou o líder do governo na Câmara (Foto: Reprodução/Twitter)

Cunha rebateu as declarações de Fontana que afimou nesta quarta (21) que está pedindo votos para o candidato do PT à presidência da Câmara, Arlindo Chinaglia (SP). O líder do PMDB afirmou que a interferência de Fontana na disputa é "inaceitável".

"A bancada do PMDB na Camara não reconhecerá mais a sua liderança [de Henrique Fontana] e não se submeterá mais a ela. Não participaremos de nenhuma discussão sobre matérias de governo em que ele seja o interlocutor", disse Cunha.

O deputado peemedebista também afirmou na rede social que Henrique Fontana "sempre foi um líder fraco, desagregador e radical em suas posições", o que, segundo Cunha, levou o governo a várias derrotas na Câmara.

"Ele [Fontana] se comporta como líder do PT no governo e não como líder de um governo que tem vários partidos na sua base. O sr. Fontana sempre foi um líder fraco, desagregador, radical em suas posições e que levou o governo a várias derrotas pelas suas posições", completou.

Procurado,  o líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS), disse que não iria se pronunciar neste momento sobre os ataques feitos por Cunha, mas reiterou que, como deputado, continua na busca por votos para o petista Chinaglia na disputa à presidência da Câmara.

Henrique Fontana concede entrevista coletiva a jornalistas na Câmara dos Deputados (Foto: Fernanda Calgado / G1)

Prefiro não comentar de forma mais profunda, só afirmar que vou continuar como deputado fazendo campanha para o candidato que eu apoio, que é o Arlindo Chinaglia”, disse.


Nesta quarta, o líder do governo na Câmara defendeu a
intervenção de ministros do governo na eleição para presidente da Casa legislativa. Nos últimos dias, o governo está sendo acusado pelo PMDB de oferecer cargos em troca de votos para o candidato do PT na disputa.

Questionado se ministros petistas têm pedido votos para a campanha de Chinaglia, respondeu: “Eu posso dizer que eu estou pedindo votos para o Arlindo.

O líder do governo também criticou a declaração de Eduardo Cunha de que a disputa pela presidência da Câmara poderá gerar “sequelas, abalando a governabilidade no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

Ameaçar com sequela não é nada democrático. Temos que criar um clima sem sequela pós-eleitoral. [...] Eduardo tem que entender que se perder a eleição terá sido por uma decisão política”, afirmou.

Fonte: G1.

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